Caminhando ao Encontro

Caminhando ao Encontro

quinta-feira, dezembro 28, 2006

No final do ano...

Em final de ano é tempo de se fazer balanço.
Este foi um ano positivo em muitos aspectos. Em primeiro lugar, foi o ano em que nasceu este cantinho, forma de expressão de uma caminhada que ainda está no início. Começou aos poucos, mas depressa se foi alargando a outros caminhantes que por aqui passam e deixam a sua pegada ou pelo meu próprio caminhar que deixa a sua marca em outros caminhos (embora não tantas vezes como as que seria desejável, mas o tempo às vezes não dá para mais).
Este foi também o ano do regresso. O regresso ao grupo de catequistas da minha paróquia, do qual estive ausente durante um ano devido a problemas profissionais. Com este regresso resultou o assumir do 1º ano, tarefa nem sempre fácil mas que tem sido gratificante pela aprendizagem e pela descoberta.
Sim, foi um ano positivo, com altos e baixos, que resultou num crescimento interior, num amadurecimento de ideias, numa definição de ideias e ideais.
O novo ano está à porta, com ele o desejo de dias melhores, de sonhos tornados realidade. Mas o novo ano trás também decisões importantes, escolhas de vida que marcarão em definitivo a sociedade em Portugal. Sim, estou a falar do referendo ao aborto, que cada vez está mais perto e em virtude do qual temos de nos fazer ouvir - NÃO! é imperativo gritar, não podemos baixar os braços. Não vai ser fácil, mas unidos poderemos vencer outra vez.
A todos quantos por aqui passam desejo um Feliz 2007!
Que este ano seja para todos a concretização de todos os vossos sonhos e que os desejos se tornem realizade.
Que Cristo viva e reine em cada coração
e que o Espírito Santo nos guie na nossa caminhada pela Vida!




sábado, dezembro 23, 2006

Feliz Natal!

A mais rica prenda
que Jesus pretende
é o nosso Amor!

Feliz Natal a todos quantos por aqui passam, por simples curiosidade ou pelo hábito de aqui, gentilmente, deixarem a sua marca. A todos agradeço as visitas e desejo um Santo e Feliz Natal, em votos que se estendem às suas famílias.


Catequese 7 - Estamos Contentes! É Natal!

Sim, estamos contentes! Infelizmente as crianças só pensam no dia de amanhã como dia de receber prendas.
Hoje o grupo estava reduzido, apenas 12. Uns porque foram passar o Natal fora, outros porque possivelmente são de opinião que férias de escola significa férias de catequese. Enfim, passei a mensagem aos presentes - o presente que podemos dar a Jesus é participar na Eucaristia, no dia 25 de Dezembro. Sendo este o dia do seu aniversário, por que não participar na sua festa e até cumprimentá-lo?
Hoje foi também colocada a última peça do nosso presépio, representativo da nossa caminhada ao longo do Advento. O compromisso refere-se ao perdão. Pela cara de alguns, não é uma tarefa nada fácil...

quinta-feira, dezembro 21, 2006

O Presente

Há algum tempo atrás, um homem castigou a sua filha de 3 anos por desperdiçar um rolo de papel de presente. O dinheiro era pouco naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina embrulhar uma caixinha com aquele papel dourado e colocá-la debaixo da árvore de Natal.
Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menina levou o presente ao pai e disse:
-"Isto é para ti Papá!"
Ele sentiu-se envergonhado da sua furiosa reacção, mas voltou a "explodir", quando viu que a caixa estava vazia. Gritou e disse:
-"Tu não sabes que quando se dá um presente a alguém coloca-se alguma coisa dentro da caixa?"
A menina olhou para cima com lágrimas nos olhos e disse:
-"Oh Papá, não está vazia. Eu soprei beijinhos para dentro da caixa. Todos para ti, Papá."
O pai quase morreu de vergonha, abraçou a menina e suplicou-lhe que lhe perdoasse.
Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado da sua cama durante vários anos e sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, pegava na caixa e tirava um beijo imaginário, recordando o amor que a sua filha ali tinha colocado!


Autor desconhecido


sábado, dezembro 16, 2006

Catequese III Domingo do Advento

As crianças são realmente formidáveis. Às vezes temos a sensação de que não ouvem nada daquilo que dizemos e no entanto surpreendem-nos com a informação que conseguem assimilar.
Nos nossos encontros temos vindo a falar do Advento, e eu, que ao princípio pensei que seria um termo difícil de assimilarem, é entendido pelo grupo com a maior das naturalidades porque o associaram ao Calendário do Advento - aqueles chocolates que diariamente comem e que lhes permite fazer a contagem decrescente até ao Natal.
Nesta nossa caminhada já temos a cabana, a vaca e o burro. Hoje perguntei qual seria a próxima figura a colocar. Alguns responderam que seria Jesus, mas ainda eu não tinha aberto a boca e logo uma vozinha respondia que Jesus ainda não tinha nascido, logo não poderia ser ele. Depressa concluiram que seria José e Maria, seus pais. Relembrei aos poucos a história que nos fala do recenseamento que naquele tempo se realizou e as figuras foram colocadas no nosso presépio.
A tarefa para esta semana consiste em ajudar o próximo, ou seja ajudar quem precisa, principalmente as pessoas que vivem na nossa casa.


Pela primeira vez na minha paróquia a catequese prolonga-se para além do fim das aulas. Assim haverá novo encontro na próxima semana. Além disso, e ao contrário do que é habitual, a Celebração do Natal será realizada no Domingo da Epifania, com a presença de todos os grupos de catequese numa das Eucaristias, onde será apresentada a Sagrada Família que cada grupo "construiu". Hoje começamos a construir a nossa. Quando estiver pronta irão ter a oportunidade de a ver...
Um Santo e Feliz Domingo para todos!

quinta-feira, dezembro 14, 2006

É Deus!

Alguma vez sentiste o desejo de fazer uma coisa agradável por alguém a quem tens carinho?


É DEUS que te fala através do Espírito Santo.


Alguma vez sentiste tristeza e solidão, embora parecendo que alguém está ao teu lado?



É DEUS que te acolhe através de Jesus Cristo.


Alguma vez ao pensares em alguém que te é querido e não vês há muito tempo, acontece que de repente encontras essa pessoa?


É DEUS, porque o acaso não existe!


Alguma vez recebeste algo maravilhoso que nem tinhas pedido?


É DEUS que conhece bem os segredos do teu coração.

Alguma vez estiveste numa situação muito problemática sem teres a menor idéia de como resolver e de repente a solução aparece?


É DEUS que toma os nossos problemas nas Suas Mãos.


Alguma vez sentiste uma imensa tristeza na alma e de repente é como se um bálsamo fosse derramado e uma paz inexplicável invade teu ser?


É DEUS que te consola com um abraço e te dá esperança.


Alguma vez te sentiste tão cansado da vida, a ponto de querer morrer... e de repente um dia, sentes que tens força suficiente para continuar?


É DEUS que te carrega nos Braços e te dá descanso.


Tudo é melhor quando... É DEUS QUEM ESTÁ À FRENTE DE TUDO!!!



Será que vieste até aqui por acaso?


Provavelmente foi DEUS que tocou teu coração e te fez lembrar. Não por seres uma pessoa amiga, ou mesmo colega, até um parente, mas porque és importante para DEUS!

Deixa DEUS tocar teu coração neste Natal!
Faz chegar o seu Amor aos teus amigos, colegas, parentes e, até mesmo, às pessoas que não são tão amigas assim, áquelas que nem se pode chamar de colega, áquelas que tu nem chamarias de irmão.
Que este seja um Natal diferente! Compartilha o Amor de Deus!
Adaptado de um mail recebido

Catequese II Domingo do Advento

Durante a semana passada fizemos o compromisso de limpar a casa para podermos festejar o aniversário de Jesus.
Limpar a casa, que é o nosso coração, não é fácil. Que o digam as crianças deste grupo, quando timidamente confessaram que ainda tinham um pouco de pó lá no cantinho...
Agora que já temos a casa limpa temos de a enfeitar. Assim, o compromisso desta semana consiste em falar a verdade, ser responsável, escutar as pessoas com paciência, ter bons pensamentos, ajudar a quem precisar.
No nosso presépio já lá estão mais duas personagens, aqueles que já estavam no estábulo onde Jesus nasceu.





P.S. Chegou mais uma menina ao grupo. Sempre a somar já vai em 39!

quinta-feira, dezembro 07, 2006

8 de Dezembro - Dia da Imaculada Conceição

O comércio por um lado, a tradição de algumas famílias por outro, diz-nos que amanhã é o dia da Mãe.
Na minha família o Dia da Mãe é comemorado em Maio.
Amanhã é também Dia da Mãe, mas de modo diferente - não há prendas, pelo menos de forma material.
Amanhã é o Dia da Mãe do Céu, aquela que olha por mim nos momentos mais importantes da minha vida, que me acompanha e me guia.
Sim, amanhã é o dia em que irei acordar e dizer:
Obrigada, minha Mãe
E na certa que a minha mãe na terra terá um beijinho mais especial. Afinal chama-se Maria, e é minha mãe...




A afirmação da Imaculada Conceição de Maria pertence à fé cristã. É um dogma da Igreja que foi definido no século XIX, após longa história de reflexão e de amadurecimento.
Imaculada Conceição de Maria significa que a Virgem Maria foi preservada do pecado original desde o primeiro instante de sua existência. Nascendo, há dois mil anos atrás, na zona da Palestina, Nossa Senhora teve como pais São Joaquim e Santa Ana. Ela foi concebida sem a mancha do pecado original.
A maternidade divina de Maria é base e origem de sua imaculada conceição. A razão de Maria ser preservada do pecado original reside em sua vocação: ser Mãe de Jesus Cristo, o Filho de Deus que assumiu nossa natureza humana.

domingo, dezembro 03, 2006

Catequese I Domingo do Advento

Aprender todos os dias! Este devia ser o lema da nossa vida. A verdade é que tenho aprendido muito com o meu grupo de catequese.
Por ser o início do Advento, achei por bem falar deste tema na catequese, embora pensasse que não seria fácil de eles entenderem. Afinal enganei-me...
Este ano, infelizmente, o Natal começou mais cedo (mas isso é outro assunto, merecedor de um post em forma de reprimenda) por isso resolvi pegar nesse assunto.
-" Qual é a festa que se aproxima?"
-"É o Natal?"
- "É quando o Pai Natal nos traz as prendas!"
Prendas, prendas e mais prendas é apenas nisso que eles pensam, mas também não se pode censurar. São apenas crianças. No entanto, uma delas soube acrescentar que também era o aniversário de Jesus.
Este foi então o nosso ponto de partida - o que se faz numa festa de anos?
Limpa-se a casa, faz-se a lista de convidados, escolhe-se uma roupa bem bonita... Mas quem é a pessoa mais importante da festa? O aniversariante, claro!
Ora se é o aniversário de Jesus, devemos preparar a festa. Esse tempo de preparação é o Advento - tempo que dura 4 semanas até ao Natal, onde nos preparamos para a Festa de Jesus.
-" Eu também tenho uma caixa de chocolates, para comer até ao Natal. Chama-se Calendário do Natal."
- "E eu também." (responderam mais alguns).
-"Sim, esses chocolates são o calendário do Advento - cada dia que comemos um é um dia a menos que falta para o Natal" (Afinal o comércio também ajuda na catequese).
-"Neste tempo de Advento devemos preparar a nossa casa que é o nosso coração. E como podemos limpar o nosso coração? Ele está sujo com o quê?"
As respostas foram as mais divertidas, como não podiam deixar de ser. Desde pó a molho, passando por uma série de outras coisas que nem nos passam pela cabeça. Dialogando, apresentando as ideias de cada um, lá se chegou ao principal - sujamos o nosso coração quando não obedecemos aos pais ou aos professores, quando não nos portamos bem. Por isso é preciso limpar o nosso coração.
Foi então lançado o nosso compromisso para a I Semana do Advento - limpar o nosso coração, a nossa casa. Todas as semanas teremos um, e em cada semana podemos preparar a festa de Jesus, construindo aos poucos um presépio.
Hoje ficou a primeira peça - a cabana onde Jesus nasceu. Se todos tiverem limpo o seu coração na próxima semana já poderemos enfeitá-la e no Natal, como é o aniversário de Jesus podemos oferecer uma prenda a Jesus.
-"Ó Catequista, como damos a prenda a Jesus? Atiramos para o ar? É que Jesus está no céu!".
(As crianças são realmente formidáveis).
Mas qual será a prenda que Jesus quer? - O nosso coração limpo!

Numa época em que se vive unicamente para o consumismo, espero sinceramente que estas crianças vivam este Natal de uma forma um pouco diferente.
A primeira peça já está. Qual será o próximo compromisso...



retirado daqui

terça-feira, novembro 28, 2006

Catequese 6 - Eu gosto da mãe de Jesus

38! Já são 38! E parece que este grupo não pára de crescer (feliz ou infelizmente).
Não me posso queixar, eu sei que não. Numa época em que a fé vive momentos conturbados, de pessoas que se dizem católicos mas que não praticam, não posso deixar de manifestar o meu agrado pelos pais destas crianças que quiseram que os seus filhos fossem educados na fé. Mesmo sabendo que estes pais não praticam e provavelmente estão a pensar nas festas que resultam do facto de os seus filhos frequentarem a catequese. Mas por outro lado acredito que os filhos podem ser o rastilho para que a sua fé volte a florescer.

Mas confesso que não está a ser nada fácil, nada mesmo. Há cerca de 12 anos também tinha a meu cargo um grupo do 1º ano. Eram 40 crianças. Hoje tenho 38 e sei que nem sequer posso comparar os grupos. Neste espaço de tempo as crianças estão muito mudadas, têm comportamentos e até mesmo experiências de vida muito distintas. A MJ está a ajudar. Ela foi membro desse primeiro grupo. Consegui que ela viesse “dar-me uma mãozinha”, (quem sabe não lhe ganha o gosto), mas é ela própria a reconhecer que naquela idade o grupo do tempo dela não era assim.

Neste sábado o tema do nosso encontro era a mãe de Jesus. Tendo como ponto de partida as nossas mães, caminhamos ao encontro da mãe de Jesus, Maria. Este grupo requer um cuidado especial, no que diz respeito a este tema. Algumas destas crianças não estão a ser criadas pelas mães, mas sim pelas avós, pelos mais variados motivos. Tenho pena deles, coitados. Tão novos e já marcados pela vida.
Mas lá fomos seguindo caminho e chegamos a Maria. Sim, alguns já conheciam a mãe de Jesus e ficaram a saber como se deu o anúncio da sua maternidade:

"Um enviado de Deus foi a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a casa de uma mulher, noiva de José, chamada Maria. Ao entrar, onde ela estava, disse-lhe:
“Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Foste escolhida por Deus para dar à luz um filho que será chamado
Jesus”
."


cf. Luc 1, 27-31

- “Mas isso eu sei, é a Ave Maria”
- “E sabes a Ave Maria?”
- “Sim, ensinou-me a minha mãe”.
- “Então vamos ensiná-la aos nossos amigos”.

Sim, ainda há mães (ou avós) que ensinam as pequenas orações em casa!
Rezamos, repetimos, mas a hora depressa chegou ao fim. Para terminar, cada um ofereceu uma flor a Maria, como forma de louvor. Para casa levaram a oração, devidamente ilustrada, com o compromisso de a rezarem durante a semana. Reguilas como são vão aprendê-la depressa.

AVE MARIA

Avé Maria,
cheia de graça,
o Senhor é convosco.
Bendita sois vós entre as mulheres
e bendito é o fruto do vosso ventre: Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus,
rogai por nós, pecadores,
agora e na hora da nossa morte.
Amén

quarta-feira, novembro 22, 2006

Deus nas coisas mais simples

Deus está presente nas coisas mais simples do nosso dia-a-dia!
Não é novidade nenhuma, não é motivo de espanto. Eu acredito, tenho mesmo a certeza, Deus está presente em cada minuto da nossa vida.
No canto de um pássaro, no abrir de uma flor, num raio de sol, num dia de chuva e até mesmo na música que, insistentemente, passa na rádio...

Eu gostava de olhar para ti
E dizer-te que és uma luz
Que me acende a noite, me guia de dia e seduz...

Feitiço, André Sardet


A música passa inúmeras vezes na rádio, está no Top de vendas nacional em 1º lugar, por mais de uma vez que entro no carro e a ouço a passar.
Em cada momento que a ouço, salta-me este verso, e transformo-o numa Oração para Ti!
Deus está, sem dúvida, presente nas coisas mais simples...

sábado, novembro 18, 2006

Catequese 5 - Eu gosto de Jesus

Há dias em que saímos de um encontro de catequese e damos por nós satisfeitos pelo trabalho desenvolvido.
Sim, há dias assim. E como é bom, como nos sentimos bem, pela tarefa que conseguimos desenvolver, por sentirmos que a Palavra chegou aos nossos meninos. Hoje sem dúvida foi um dia desses. Sim, sinto-me satisfeita com a catequese de hoje.
O tema era o amor pelos nossos amigos. Se aos amigos damos prendas, porque não dar ao nosso maior Amigo, Jesus? E o que gosta ele de receber?
"Vós sereis meus amigos se fizerdes o que vos mando.
O que vos mando é que vos ameis uns aos outros." (Jo 15, 14.17)
Este tema do amor não é fácil de as crianças entenderem, pelo menos a grandeza desta palavra, deste sentimento. Claro que o primeiro pensamento foi “Amar um rapaz, eu?”.
A palavra amor e todo esse sentimento está demasiado banalizado nos nossos dias – são as telenovelas, as séries para adolescentes, os filmes… Está-se a perder o verdadeiro significado da palavra amar. Não é à toa que o Santo Padre publicou a encíclica sobre o amor DEUS CARITAS EST.
"No desenrolar deste encontro, revela-se com clareza que o amor não é apenas um sentimento. Os sentimentos vão e vêm.
(...)
Revela-se, assim, como possível o amor ao próximo no sentido enunciado por Jesus, na Bíblia. Consiste precisamente no facto de que eu amo, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem conheço sequer. Isto só é possível realizar-se a partir do encontro íntimo com Deus, um encontro que se tornou comunhão de vontade, chegando mesmo a tocar o sentimento. Então aprendo a ver aquela pessoa já não somente com os meus olhos e sentimentos, mas segundo a perspectiva de Jesus Cristo. O seu amigo é meu amigo. Para além do aspecto exterior do outro, dou-me conta da sua expectativa interior de um gesto de amor, de atenção, que eu não lhe faço chegar somente através das organizações que disso se ocupam, aceitando-o talvez por necessidade política. Eu vejo com os olhos de Cristo e posso dar ao outro muito mais do que as coisas externamente necessárias: posso dar-lhe o olhar de amor de que ele precisa."
Mas as cabecinhas destas crianças, nestas idades, são surpreendentes e depressa se apercebem que amar não é apenas gostar, mas sim dar, perdoar, ajudar, pedir desculpa, ser bom para todos. A actividade final consistiu em desenhar o seu coração. No final, um a um, entregou o seu coração a Jesus com o compromisso de esta semana amar os outros.
Que o Espírito Santo os ilumine!

sexta-feira, novembro 17, 2006

Às vezes apetece soltar um grito...



Há alturas na vida
em que se sente o pior
como que uma saída
refúgio na dor

E ao olhar para trás
pensar no que aconteceu
o que se vê não apraz
não gritou mas escondeu

E salta a fúria em nós
rebenta o ser mais calado
querer puxar pela voz
mostrar que está revoltado

À espera o tempo a passar
a desesperar
ganhar a coragem de gritar e gritar

E é nessas alturas
sou eu mesmo que digo
repensamos na falta
que nos faz um amigo

Alguém que nos mostre a luz
e nos estenda um mão
diga que a vida não é cruz
olhar para trás, pedir perdão

E salta a fúria em nós
rebenta o ser mais calado
querer puxar pela voz
mostrar que está revoltado

À espera o tempo a passar
a desesperar
ganhar a coragem e gritar, e gritar

O Grito (Pólo Norte)

terça-feira, novembro 14, 2006

Oração do Abandono


Meu Pai,
entrego-me a Vós
fazei de mim o que for do vosso agrado.

O que quiserdes fazer de mim, eu Vos agradeço.

Estou pronto para tudo, aceito tudo,
desde que Vossa vontade se realize em mim,
em todas as Vossas criaturas;
não desejo outra coisa, meu Deus.

Deponho minha alma em Vossas mãos,
eu vo-la dou meu Deus, com todo o amor do meu coração.

porque Vos amo
e porque, para mim, é uma necessidade de amor dar-me
e entregar-me em Vossas mãos, sem medida,
com uma confiança infinita, pois sois meu Pai.

Charles de Foucauld (1858-1916)

sábado, novembro 11, 2006

Catequese 3 - Quem me chama

"Queria inscrever o L. no 1º ano, para que frequentasse a catequese.
Ele não sabe nada, mas nada mesmo. Eu já frequentei a missa, mas há já muitos anos que não participo em nenhuma. Mas gostava que ele fosse à catequese, que aprendesse para depois, quando fosse mais velho pudesse optar. Mas olhe que ele não sabe mesmo nada, não faz ideia de quem é Jesus".
Este discurso foi de uma mãe que hoje levou o filho, pela primeira vez, à catequese. Não é fácil para nós catequistas ouvir um discurso assim, principalmente quando se espera que sejam os pais os primeiros catequistas e que connosco colaborem. Contudo, é da vontade da mãe que o seu filho frequente a catequese e só isso já é uma mais valia.
A sessão da catequese de hoje incidia sobre o chamamento que Jesus nos faz, dos mais variados modos: pais, amigos, professores e até catequistas. É Ele que nos chama à catequese para falar connosco e ser nosso Amigo.
No fundo, Jesus serviu-se desta mãe ao convidá-la a levar o seu filho a frequentar a catequese.
Será uma criança que necessitará de um amior apoio nos nossos encontros, pois o apoio em casa será pouco ou nulo, mas quem sabe se este chamamento não será o primeiro passo para que esta mãe regresse a uma participação activa na nossa comunidade. Não conheço todos os pais das crianças deste grupo, mas acredito que a alguns falte um pouco da fé e da participação na Eucaristia Dominical. É um problema que ao longo dos últimos anos tem-se travado na minha paróquia e provavelmente, um pouco por todo o país. É fácil os pais trazerem os seus filhos à catequese, muitos deles fazem questão disso mesmo. Mas levá-los a participarem na Eucaristia Dominical, isso é muito mais dificil, o que faz com que as próprias crianças não se sintam motivadas a participarem.
O grupo ainda está no início da sua caminhada. Este primeiro ano é apenas uma orientação no sentido de todos seguirmos o mesmo caminho. Mas espero, desejo mesmo, do fundo do meu coração, que estas crianças se integrem na minha paróquia e participem activamente nas variadas actividades, nomeadamente a Eucaristia. Mas tenho consciência de que é com os pais que tenho de trabalhar, é a eles que devo chegar em primeiro lugar.
Quanto ao grupo, bom, não pára de crescer. Já conta com 37 crianças. Hoje apenas estiveram presentes 27, mas foi um pouco difícil. São muito agitados e um pouco conflituosos, pelo menos 2 deles. Ás vezes parece que está tudo a correr bem, eles estão atentos, participando quando necessário e de repente já está um a apertar o braço a outro e a fazer não sei o quê. São de facto crianças muito activas.
Espero que o Espírito Santo me continue a ajudar nesta caminhada.

Dia de S. Martinho



Havia, há muitos anos, um soldado romano, rico, que, a cavalo, fazia as suas rondas pela cidade a ver se estava tudo em ordem.E uma vez, por alturas de Novembro, saiu, como de costume, debaixo de uma chuva miudinha e fria.
No caminho, apareceu-lhe um velho, pobre e quase nú, que lhe pediu esmola.Martinho, era assim que se chamava o cavaleiro, não tendo à mão nada que lhe dar, tirou a capa que levava aos ombros e, com a espada, cortou-a ao meio, cobrindo com metade os ombros regelados do mendigo.
E seguiu o seu caminho.E não ia ainda longe, quando, sem mais nem menos, a chuva parou e um sol bonito raiou no céu.
É por isso que ainda hoje, pela altura de S. Martinho, um sol radioso costuma aparecer e a que o povo chama o “ Verão de S. Martinho.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Oração de S. Francisco

Hoje uma visitante do meu cantinho falou-me na Oração de S. Francisco. O curioso é que ainda hoje pensei nessa oração (penso nela muitas vezes), considero-a uma das orações mais belas. Além disso, é uma oração que tem um significado muito especial.
Há uns anos atrás pertencia a um grupo de jovens que existia cá na paróquia. Reuniamo-nos todos os Domingos, uma hora durante a manhã. Eramos cerca de 20, 25 amigos. O grupo inicial tinha surgido, anos antes, da vontade de uma senhora que pertencia à Conferência de S. Vicente de Paulo, por isso era o Grupo de Jovens Vicentinos. A nossa guia era uma "jovem", fruto desse grupo inicial e que tinha dado seguimento ao desejo de formação de um grupo de jovens.
Havia sempre um assunto a abordar, revestido de um trabalho prático, de exploração de ideias, de testemunhos de vida, de aprofundamento de Fé. Às vezes fazíamos caminhadas de reflexão ou participávamos em retiros. No Natal faziamos a festa da Vicentina, um Domingo dedicado aos mais desfavorecidos. Tudo era feito por nós: íamos buscar as cerca de 50 crianças das freguesias vizinhas, ofereciamos-lhes o almoço (que tinha sido confeccionado por nós) e a parte da tarde era dedicada ao espectáculo (que durante 1 mês ensaiávamos intensamente). No final, cada uma levava para casa um presente que tinhamos recolhido nas nossas famílias. Era um dia em cheio, com muita alegria e muito divertimento. Havia contudo um sketch que todos os anos era ansiado por todos os participantes e que nem necessitava de ensaio - um desfile de moda, com roupas do "século passado", em que os modelos eram HOMENS (mas vestidos de mulher). Durante cerca de 20 minutos era um mar de gargalhadas. Oh que saudades desse tempo...
Hoje já não fazemos essa festa, hoje infelizmente já não nos encontramos aos Domingos. Os anos foram passando, a vida foi-se modificando, fica somente a recordação de uns bons anos de amizade e companheirismo. Foi nesses encontros que conheci a Oração de S. Francisco. Rezáva-mo-la muitas vezes, tantas que acabou por ser uma espécie de hino do nosso grupo. Quando realizámos a nossa Confirmação fizemos questão de a cantar na Acção de Graças. E num dos espectáculos que realizamos no Cine-Teatro dos Bombeiros (para angariar fundos para uma visita a Lourdes) fizemos uma encenação desta oração que emocionou a todos, participantes e espectadores.
A A. gostava imenso desta oração. Infelizmente a A. já partiu há alguns anos, em plena juventude. Era uma alegria sempre presente no grupo, e nas festas de Natal uma mais valia.
Sempre que vou ao cemitério, vou até ao seu cantinho. Lá está a imagem de S. Francisco em mármore e a sua oração na pedra.
Ela aqui fica para reflectirmos e sairmos desta inércia que parece "atacar" os cristãos.


Senhor,

Fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver duvida, que leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre,

Fazei que procure mais consolar, que ser consolado;
compreender que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que vive para a vida eterna.

domingo, novembro 05, 2006

Ideias para o nosso dia

Talvez Deus queira que nós conheçamos
algumas pessoas erradas antes de
encontrar a pessoa certa
para que saibamos, ao encontrá-la,
agradecer por esta bênção.



Quando a porta da felicidade se fecha, outra porta se abre.
Porém, estamos
tão presos àquela porta fechada que
não somos capazes de ver o novo caminho que se abriu.



O melhor amigo é aquele com quem nos
sentamos por longas horas, sem dizer
uma palavra, e ao
deixá-lo, temos a
impressão de que foi a melhor conversa que já tivemos.



Ao darmos a alguém todo o nosso amor nunca temos a certeza de que iremos receber este amor de volta.
Não ame esperando algo em troca, espere para que este sentimento cresça no coração daquele que você ama.
E se isto não ocorrer, esteja feliz por este
sentimento estar crescendo em seu coração.



Em questão de segundos nos
apaixonamos por alguém, mas levamos uma vida inteira para esquecer alguém especial.
Não busque boas aparências, elas podem mudar.
Só precisamos de um sorriso
para transformarmos um dia ruim.



Encontre aquela pessoa que faça seu coração sorrir.
Há momentos na vida em que sentimos
tanto a falta de alguém que o
que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.


Sonhe com aquilo que você quiser, vá para onde você queira ir,
seja o que você quer ser, porque você possui apenas
uma vida e nela só temos uma
chance de fazer aquilo que queremos.



Tenha felicidade bastante para fazê-la doce,
dificuldades para fazê-la forte,
tristeza para fazê-la humana
e esperança suficiente para fazê-la feliz.



As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.

A felicidade
aparece para
aqueles que choram,
para aqueles que
se machucam,
para aqueles que buscam e tentam sempre
e para aqueles que reconhecem a
importância das pessoas que passam por suas vidas.



O futuro mais brilhante sempre estará
baseado num passado esquecido;
você só terá sucesso na vida quando esquecer os erros e as decepções do passado.



Quando você nasceu, você estava chorando e todas as pessoas ao seu redor estavam sorrindo. Viva de um modo que, ao morrer, você seja aquele que esteja sorrindo enquanto todos a sua volta estejam chorando.



E o mais importante,
viva na presença de Deus
quando seu tempo na terra acabar.
Aproveite seu tempo agora para conhecê-lo e aprender quem
Ele é
e, quem Ele quer que você seja enquanto você está aqui.

Recebido por mail

quarta-feira, novembro 01, 2006

Dia de Todos os Santos


A festa do dia de Todos-os-Santos é celebrada em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não. A Igreja Católica celebra a Festum omnium sanctorum a 1 de Novembro seguido do dia dos fiéis defuntos a 2 de Novembro.
O dia de Todos-os-Santos foi instituído com o objetivo de suprir quaisquer faltas dos fiéis em recordar os santos nas celebrações das festas ao longo do ano. Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.
Segundo o ensinamento da Igreja, a intenção catequética desta celebração que tem lugar em todo o mundo, ressalta o chamamento de Cristo a cada pessoa para o seguir e ser santo, à imagem de Deus, a imagem em que foi originalmente criada e para a qual deve continuar a caminhar em amor. Isto não só faz ver que existem santos vivos (não apenas os do passado) e que cada pessoa o pode ser, mas sobretudo faz entender que são inúmeros os potenciais santos que não são conhecidos, mas que da mesma forma que os canonizados igualmente vêem Deus face a face, têm plena felicidade e intercedem por nós. O Papa João Paulo II foi um grande impulsionador da "vocação universal à santidade", tema renovado com grande ênfase no Segundo Concílio do Vaticano.
Adaptado daqui

sábado, outubro 28, 2006

XXX Domingo do Tempo Comum

EVANGELHO Mc 10, 46-52

«Mestre, que eu veja»

Quantas vezes estamos cegos na vida?
Quantas vezes ficamos de tal modo obcecados pelo consumismo que não vemos Deus nas coisas simples da vida?
Quantas vezes pedimos a Deus para ver mas ao mesmo tempo recusamo-nos a abrir os olhos?
Quantas vezes desistimos perante Deus?
Aquele cego não desistiu, aquele cego teimou pela sua vontade, pela sua Fé. Ele acreditou, ele foi até ao fim. E mesmo depois da graça recebida soube acompanhar Jesus. Não lhe voltou as costas.
E nós?
Sim, nós, onde está a nossa Fé? Onde está a nossa vontade de ver Deus?
Não podemos desistir, não devemos desistir. Mas devemos continuar a acreditar, pois a Fé move montanhas, a Fé é que nos salva!

Catequese 4 - Jesus gosta de mim

Ao contrário do que estava previsto, o encontro de hoje incidiu no tema da catequese 4.
Estavam 33 crianças (e o número não pára de crescer...) e entre elas 3 novas caras.
Cada um foi dizendo aquilo que mais gostava de fazer, reforçando desta maneira aquilo que temos vindo a fazer ao longo do últimos encontros - a ideia de sermos amigos, de formarmos um grupo de amigos.
Contamos então uma história e que silêncio se fez!!! As crianças desta idade gostam de ouvir histórias, o que será uma mais valia para os próximos encontros, para os cativar.
"Jesus estava rodeado por muita gente que o queria escutar.
As mães dos meninos trouxeram os seus filhos a Jesus para que Ele os abençoasse.
Mas os que estavam com Jesus não gostaram e mandaram os meninos afastarem-se, porque não queriam que eles incomodassem o Senhor.
Mandaram, por isso, os meninos embora. Jesus deu conta e disse:
"Deixai vir a Mim as criancinhas"
Toda a gente ficou a saber que Jesus gostava muito dos meninos."
As crianças ficaram então a saber a imensidão do Amor de Jesus por elas, o mesmo Jesus que os convida a vir à catequese (e que ficarão a conhecer melhor no próximo encontro).
Convidadas a mostrar o seu desejo de serem amigos de Jesus, as crianças foram apresentando sugestões - vir à catequese, ter um bom comportamento, ser amigos de todos. Aos poucos, e na sua inocência, própria destas idades, também elas compreendem o que é ser amigo de Jesus.
O trabalho final deste encontro consistiu em desenhar a sua imagem ao lado de uma gravura de Jesus, na qual estava rodeado de crianças.
Hoje o nosso encontro correu muito bem. Aos poucos o grupo já se está a aperceber das regras que regem os nossos encontros e que eles devem ter em conta. O entusiasmo hoje foi tal, crianças e catequistas, que nos excedemos no nosso horário (o que deixou o grupo seguinte imapaciente para entrar na sala). Este é um problema difícil de lidar- a falta de salas onde se possam realizar os nossos encontros, o que limita o tempo para realizar as actividades. O novo Centro Paroquial já está projectado, mas falta algo muito importante.
Que o Espírito Santo nos ilumine!

quinta-feira, outubro 26, 2006

Quem me chama

O tema do próximo encontro de catequese será o chamamento, sermos chamados por Jesus.
Há dias estava a prepará-lo e um parágrafo, da reflexão que sempre antecede a sessão de catequese, chamou-me a atenção. Talvez por ser ainda o rescaldo do Dia Mundial das Missões, talvez porque às vezes achamos que somos nós que controlamos a nossa vida, quando afinal não é bem assim, ele aqui fica, em jeito de reflexão:
"A vocação de catequista não se pode apoiar apenas nos gostos
ou aptidões pessoais, mas sim na missão que lhe é confiada por Jesus Cristo
através da Igreja. Na verdade, podem ser o pároco, os pais ou a sensiblidade
própria a interpelar a opção pelo serviço catequético, mas não se pode esquecer
que subjacente tem de estar o chamamento de Jesus Cristo: "Não fostes vós que Me
escolhestes, fui Eu que vos escolhi e vos nomeei para irdes e dardes fruto, e o
vosso fruto permanecer, de sorte que tudo quanto em Meu nome pedirdes ao Pai,
Ele vo-lo concederá" (Jo 15,16)".
Quando alguém nos chama, quer uma resposta...
AQUI ESTOU, SENHOR!

segunda-feira, outubro 23, 2006

Obrigada Senhor



Obrigada Senhor,
porque ouviste a minha oração.

Obrigada Senhor,
porque atendeste à minha prece.

Eu sei que às vezes não sou uma boa filha. Eu sei que Te tenho posto um pouco de lado na minha vida e que não tenho rezado aquilo que devia. Mas apesar disso, hoje pedi a tua ajuda e Tu não me voltaste as costas.

Obrigada Senhor,
por estares a meu lado na viagem, que Tu bem sabes o quão difícil foi de fazer.

Mas eu também sei que Tu me acompanhaste durante o caminho, Tu me conduziste até ao meu destino, por entre a chuva que teimava em cair e o vento que teimava em soprar, Foste a mão que segurou o volante.

Obrigada Senhor,
por seres Pai, Amigo, Companheiro.

Obrigada Senhor, por não me teres abandonado.

Desculpa-me Senhor pelas vezes em que Te questiono e chego a duvidar de Ti, mas apesar disso continuas a meu lado, mostrando-me oTeu Caminho.
Sê Farol na minha vida!
Meu Senhor e Meu Deus,
eu creio em Vós,
mas aumentai a minha Fé

sábado, outubro 21, 2006

Domingo XXIX do Tempo Comum

EVANGELHO Mc 10, 35-45

«O Filho do homem veio para dar a vida pela redenção de todos»
A nossa sociedade vive sedenta de poder, na conquista permanente de alcançar os lugares mais altos, a melhor posição, sem olhar, na maior parte das vezes, aos meios para atingir os fins.
Desde a infância que lutamos por sermos os primeiros na fila, os primeiros a intervir, ser os primeiros...
Depois o tempo vai passando, e queremos ser os primeiros na escola, os primeiros na turma, os melhores nas classificações.
Já na universidade lutamos pelas melhores médias, pois isso permitirá os melhores empregos.
Enfim, toda a nossa vida se resume a tentarmos ser os melhores.
CHEGA!
Pisamos, desprezamos, voltamos as costas áqueles que têm mais dificuldades, áqueles que necessitam do nosso apoio, da nossa ajuda...
CHEGA!
É tempo de olharmos à nossa volta e ver quem nos rodeia. Deus concedeu-nos os dons que temos para os pôr ao serviço daqueles que mais necessitam: seja na escola, ajudando o colega com mais dificuldade, seja no emprego, auxiliando o nosso colega, seja na família, apoiando em momentos difícieis, seja na Igreja, ao serviço da catequese. Há tantas formas de ajudarmos, tanta ajuda que podemos dispensar a quem mais precisa. De certeza que a recompensa será grande: um abraço, um sorriso, um simples obrigado...
"porque o Filho do homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar a vida pela redenção de todos"
Sejamos também nós missionários nas nossas paróquias, neste Dia Mundial das Missões.
Partilhemos os nossos dons, o nosso tempo com aqueles que mais precisam.
"(...) o amor que Deus nutre por cada pessoa constitui o coração da experiência e do anúncio do Evangelho e, por sua vez, quantos o acolhem tornam-se suas testemunhas. O amor de Deus, que dá vida ao mundo, é o amor que nos foi concedido em Jesus, Palavra de salvação, ícone perfeito da misericórdia do Pai celeste."
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O LXXX DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL

Catequese 2 - Tenho mais amigos

É engraçado como todos os Sábados temos uma cara nova no nosso grupo. Por outro lado, alguns elementos já começam a faltar (e o tempo até estava agradável). Hoje estavam 29 crianças.
Começamos por falar dos nossos amigos, por os identificar, tanto aqueles com quem eles brincam, ou aqueles que com eles frequentam a catequese e a escola. E todos conseguiram compreender que é pelo nome que nós nos identificamos.
Foi aí que entrou o nosso grande Amigo - Jesus, a quem cantamos o cântico da semana passada "Eu tenho um amigo que me Ama". O grupo gostou tanto deste cântico que o repetiu 2 vezes (e até confessaram que o cantaram em casa com os pais). Como é bom quando o encontro de catequese se prolonga em casa, com os pais. Também eles devem perceber a importância que têm na formação das crianças. Afinal, não é possível que as catequistas, com apenas uma hora semanal, consigam realizar o trabalho completo. A colaboração dos pais é preciosa.
Levar as crianças a compreender que Jesus é um amigo, com quem se pode conversar e até dizer os nossos segredos, não é difícil. No entanto, elas perceberem que Jesus também nos fala, bom isso é mais complicado: "Eu falo muitas vezes com Jesus mas não ouço Ele a responder-me", dizia-me hoje um dos meus meninos. A idade não é fácil, mas lá tentamos (eu e a S.) explicar-lhes que quando Jesus nos fala devemos escutá-lo com o coração e em silêncio, e que ao longo deste ano iremos aprender como escutar Jesus da melhor maneira.
A tarefa destinada para a catequese de hoje também foi do agrado deles - pintar uma flor para oferecer a Jesus (e que foi colocada por cada um deles numa cartolina, à volta de uma gravura com o rosto de Jesus). No final a M. exclamou: "Até Jesus ficou contente. Olha para o sorriso d´Ele".
Como não podia deixar de ser, e porque penso que é importante ajudar as crinaças a perceber a importância da oração, terminamos o nosso encontro de catequese com uma simples oração, que aqui também fica em jeito de conclusão:
"Ó Jesus Tu és o nosso melhor amigo!"

segunda-feira, outubro 16, 2006

Re-Encontro

Hoje encontrei a MJ. Fiquei feliz, já não a via há muito tempo, há muito tempo mesmo, embora vivamos na mesma terra.
A MJ pertenceu ao meu primeiro grupo de catequese, o primeiro a ficar à minha responsabilidade. Este grupo foi ( e é ainda) um grupo especial - foram 10 anos de convívio e de aprendizagem, de caminhada, uma longa caminhada que terminou com o Sacramento da Confirmação de 36 adolescentes. Deste grupo, nem todos resistiram na longa caminhada, alguns foram ficando pelo caminho, mas alguns deixaram-me um sentimento de nostalgia e de saber que, da melhor maneira que soube, com a graça do Espírito Santo, se aproximaram mais de Jesus.
Acho que ela também ficou contente por me ver, pelo menos a sua reacção assim o demonstrou. Está crescida, um pouco mais crescida que eu (o que no meu caso também não é dificil) e já frequenta o 12º ano!!! Realmente o relógio da vida parece andar mais depressa que o relógio do meu pulso. A criança que eu recebi, timidamente, é hoje uma jovem com um pé na universidade.
Fico feliz por ela, fico feliz por mim.
Este ano é um ano de viragem! Espero conseguir fazer com este grupo que recebi o mesmo que fiz com aquele grupo. Eu sei que o Espírito Santo me ajudará nesta tarefa.
A caminhada já começou...

sábado, outubro 14, 2006

Domingo XXVIII do Tempo Comum

EVANGELHO Mc 10, 17-30
«Vende o que tens e segue-Me»

Alcançar o reino dos céus é o desejo de todo o Homem, qualquer que seja o credo que professa, o Deus em que acredita, desde os tempos mais remotos.
No caso de nós cristãos é a tarefa que nos é apresentada como a mais difícil de realizar devido à sua exigência - deixarmos tudo o que temos e seguirmos Jesus.
A vida que a sociedade nos dá é repleta de ofertas agradáveis aos olhos, ás quais nos apegamos e sobre as quais temos a ideia de que não poderemos sobreviver sem elas. Mas na realidade não passam de coisas materiais, sem a mínima importância mas que para nós se tornam imprescindíveis. Realmente aquele homem cumpria os mandamentos, não matava, não roubava, não cometia adultério, enfim... Mas quando se pede para largar tudo, bom, aí fica tudo mais difícil. A crescente falta de vocações está inerente à falta de capacidade que temos de nos desapegar das coisas materiais, largar tudo para seguir Jesus, numa entrega total de diponibilidade e de serviço aos outros.

Mas Jesus disse "Aos homens é impossível, mas não a Deus,porque a Deus tudo é possível". Com a oração podemos aprender a seguir Jesus como ele nos pede, não podemos é deixar-nos vencer pelo materialismo. Que a oração esteja presente em cada dia da nossa vida!


Vinde Espírito Santo
Enchei os corações dos Vossos fiéis
E acendei neles o fogo do Vosso amor
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado
E renovareis a face da terra

Catequese 1 - Já vou à Catequese

O dia hoje estava magnífico: o sol brilhava, o céu estava azul forte e o ambiente quente.
Hoje foi o nosso segundo encontro. À hora marcada lá estavam as crianças, numa alegria imensa e uma enorme boa disposição.
Lá fomos entrando, alguns mais atrasados mas em pouco tempo o grupo compô-se - 27 crianças, embora tenha notado a ausência de 2 e a entrada de 4 caras novas.
Os primeiros encontros do 1º ano de catequese são extremamente simples pois servem para que a criança se integra nesté novo grupo.
O encontro consistiu em identificar os elementos do grupo que já conheciamos e aqueles que hoje conhecemos pela primeira vez, continuação da actividade da semana passada na qual elaboramos um cartaz com os nomes do elementos do grupo. Hoje colocamos o nome dos que faltavam e ainda o nome do Amigo especial que iremos conhecer ao longo do ano - Jesus.
Hoje estive sozinha com o grupo. Não foi fácil a tarefa. As crianças de 6 anos têm uma grande dificuldade de se concentrarem por um largo período de tempo e hoje foi dificil conterem o riso. Como podem entender as crianças que devem estar atentas ao que se passa na catequese? Claro que entendem que a catequista fica triste quando eles não se portam bem, e que até o nosso amigo Jesus fica triste por ver que o comportamento não é nada bonito. Mas nas suas pequeninas cabeças já existe a ideia de um Jesus castigador - "quando Jesus está zangado faz trovoada". Há muito trabalho para ser feito neste grupo e a verdade é que já há muito tempo que não tenho sob minha responsabilidade o grupo do 1º ano. Digamos que já estou um pouco desabituada, mas acredito que a força do Espírito Santo não me desamparará.

Senhor, não posso! Não vou conseguir!
Deus responde-nos: "Filho, podes fazer tudo" (Filipenses 4:13)


Eu não tenho talento suficiente.
Deus responde-nos: "Eu te dou sabedoria" (I Corintios 1:30)

Adaptado de A Capela

sexta-feira, outubro 13, 2006

A Mensagem de Fátima

Podem ter passado 89 anos, mas a Mensagem de Fátima continua actual!!!


«Eu sou a Senhora do Rosário. Continuem sempre a rezar o terço todos os dias».


«É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados».


«Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido».

quinta-feira, outubro 12, 2006

A tua ausência

Não se pode dizer que sentimos saudade de alguém que nunca conhecemos. Mas podemos sentir a sua falta, a sua ausência provocada pelo destino que nos conduz, a mão de Deus.
As ausências não são fáceis de aceitar e muito menos suportar, e mesmo depois de tantos anos não é fácil conformarmo-nos, com a falta de um abraço, de um carinho, com a tua falta.
Eu sei que não tive a graça de te ter a meu lado fisicamente, nem tu a de me conheceres pessoalmente, mas acredito, ou não fosse a Fé o fruto do amor, que estiveste sempre a meu lado apoiando-me nos momentos mais difíceis e sorrindo nos momentos de felicidade. E acredito que estarás, até ao momento em que pudermos estar juntos, no Reino de Deus.
Obrigada por teres contribuído com a tua semente para a germinação desta planta.
Nunca deixes de olhar por ela!

Jesus disse: Pega na tua cruz. Não é uma coisa de que se vá à procura em locais longínquos. Mais tarde ou mais cedo o Senhor entrega-nos uma cruz e a nossa função é reconhecê-la. Para cada um de nós há acontecimentos que fazem diferença. Não há duas pessoas que experimentem a mesma alegria ou a mesma tristeza. Pode ser o encontro com um(a) amigo(a), com um(a) namorado (a) ou um(a) inimigo(a). Pode ter sido uma doença ou uma vitória. Tentamos ver a vida através dos olhos da fé, com a confiança de que Deus, na Sua Providência, pode tirar o Bem dos mais terríveis e indesejados acontecimentos bem como dos momentos de alegria. Não é que tenhamos as respostas todas mas temos as suficientes para apoiar a nossa fé e o nosso amor. A Fé é o fruto do amor, isto é, da escuridão. Baseia-se na fidelidade de Deus.
in Lugar Sagrado

domingo, outubro 08, 2006

Hoje, apenas hoje!

  • Hei-de viver pensando apenas no dia de hoje, sem querer resolver de uma só vez todos os problemas da minha vida.

  • Hoje, apenas hoje, hei-de ter o máximo cuidado na minha convivência: afável nas maneiras, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar ou corrigir alguém à força, mas só a mim mesmo.

  • Hoje, apenas hoje, hei-de ser feliz na certeza de que fui criado para a felicidade, não só no outro mundo, mas também neste.

  • Hoje, apenas hoje, adaptar-me-ei às circunstâncias, sem pretender que todas elas se adaptem aos meus desejos.

  • Hoje, apenas hoje, hei-de dedicar dez minutos a uma boa leitura. Assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, assim a boa leitura é necessária para a vida do espírito.

  • Hoje, apenas hoje, farei uma boa acção e não a contarei a ninguém.

  • Hoje, apenas hoje, fareu ao menos uma coisa que me custe; e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.

  • Hoje, apenas hoje, executarei um programa pormenorizado. Talvez não o cumpra totalmente, mas ao menos hei-de propô-lo. E fugirei de dois males: a pressa e a indecisão.

  • Hoje, apenas hoje, acreditarei firmemente - embora as circunstâncias aparentem o contrário - que Deus Se ocupa de mim como se não existisse mais ninguém no Mundo.

  • Hoje, apenas hoje, não terei qualquer medo. De modo especial não terei medo de apreciar o que é belo e de crer na bondade.


Posso praticar o bem durante 12 horas. O que me desanimaria era pensar que o deveria praticar durante toda a vida.

João XXIII, in Cruzada (Outubro 2006)

Reunião de Catequistas I

O grupo de Catequistas da minha paróquia sempre foi um pouco extenso, atendendo que também é uma paróquia com muitas crianças. As quezílias entre alguns elementos do grupo sempre existiram, apesar de todos os anos fazermos o propósito de que tudo será diferente e que se queremos dar o exemplo às nossas crianças devemos trabalhar todos juntos com o mesmo objectivo e em comunhão. Não sei se este tipo de problemas só acontece connosco ou se até existirão outras paróquias afectadas por situações deste tipo. A verdade é que toda esta situação cria a desmotivação e a desunião entre os seus elementos, tendo mesmo levado ao abandono do grupo de alguns elementos.
Este ano, na reunião preparatória, o desafio foi lançado novamente: é necessário participar nas reuniões mensais (evitar a falta de assiduidade que sempre nos afectou), é necessário distribuir tarefas e responsabilidades (para que o "trabalho não caia" sempre sobre o mesmo), é preciso tornar a nossa catequese mais dinâmica. Pela primeira vez, e após uma longa luta, fizemos o plano anual de actividades para a catequese. Deste modo todos sabemos aquilo que vamos fazer ao longo do ano e quando vamos fazer. Os horários foram definidos e os grupos distribuidos pelos elementos responsáveis.
Sendo ontem o primeiro Sábado do mês, tivemos a nossa primeira reunião, após o início da Catequese. E que reunião! Em primeiro lugar, estavamos presentes quase todos os catequistas (apenas 3 faltaram), o que já é um grande passo. A própria reunião correu de uma forma diferente, pois apesar de ter uma ordem de trabalhos extensa, conseguimos fazê-la rapidamente, com a participação activa de todos os seus elementos.
A primeira grande actividade é uma reunião geral de pais "Da Catequese à Família". Esperamos ter a participação de muitos pais, pois esse é outro problema que afecta a nossa paróquia, a fraca participação dos pais nas actividades da catequese.
Não se pode pedir tudo de uma vez e esperar que as coisas mudem radicalmente. Ontem conseguimos uma grande vitória - um número elevado de catequistas na reunião. Agora, espero que esta força nos impulsiona no início do ano não deixe de exercer o seu efeito, mas a verdade é que a Força do Espírito Santo estará sempre presente!

Catequese 0 - O acolhimento

O primeiro dia de Catequese é sempre uma situação de excitação e ansiedade, tanto para as crianças como para os próprios catequistas e até mesmo para os pais.
O primeiro dia deste meu novo grupo não fugiu à regra e lá estavam os "pequeninos" todos entusiasmados por entrarem na sua sala.

No início estavam apenas 18 crianças, mas um pouco às "pinguinhas" foram aparecendo mais alguns, timidamente pela mão das suas mães ou pais. No final já estavam 24 e a roda sempre a crescer (a sala tinha as cadeiras dispostas em círculo para todos se poderem ver).
Alguns já parecem saber o que estão a fazer na catequese:"Falar de Jesus";"Jesus é nosso Amigo". Mas por outro lado já trazem certas ideias de casa que será necessário combater:
"Se não nos portamos bem Jesus castiga-nos".

Nesta idade não me parece correcto apresentar esta ideia de Jesus, como alguém que castiga. Também não se pode dizer que Jesus é Misericordioso, porque nem eles entendem essa linguagem. Aí está a dificuldade que alguns catequistas têm nestes primeiros anos de catequese - baixar o nível de comunicação e adequá-la à faixa etária destas crianças. Mas o que estas idades têm de bom é a sua rápida compreensão e depressa se deram conta que se o grupo se porta mal Jesus fica triste com eles.

Por ser o primeiro dia, dedicámo-nos ao conhecimento dos elementos do grupo(embora não seja fácil associar o nome a cada carita, para nós catequistas). Para isso arranjamos uma cópia do catecismo do 1º ano e colamos no centro de uma cartolina. Ao redor fomos colocando cartões com o nome de cada um. Resultado: todos juntos à volta de Jesus, como as crianças do cartaz, formamos um grupo - o grupo do 1º ano. Como podemos então identificar-mo-nos? Cada elemento do grupo tem uma fita verde-água, presa no braço. Deste modo temos uma coisa em comum que nos identifica. Foi com esta surpresa que terminamos a primeira sessão de catequese, uma sessão de catequese que nos pareceu do agrado das nossas crianças.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Oração do Catequista











Senhor,
chamaste-me a ser catequista
na Tua Igreja
e na minha paróquia.
Confiaste-me a missão
de anunciar a Tua Palavra,
de denunciar o pecado,
de testemunhar,
com a minha vida,
os valores do Evangelho.
É pesada, Senhor,
a minha responsabilidade,
mas confio na Tua graça.
Faz-me Teu instrumento
para que venha o Teu Reino,
Reino de amor e de paz,
de fraternidade e justiça.
Ámen

domingo, outubro 01, 2006

O primeiro contacto

Ontem foi o início da catequese aqui na paróquia. Timidamente os pais iam aparecendo, apesar do tempo apresentar um ar ameaçador.

Uns olhares estranhos e dou comigo a pensar se não estarão eles a pensar (também) se serei eu ou não a catequista do 1º ano.

Confesso que detesto este primeiro dia. É sempre a mesma confusão de todos os anos: as crianças às voltas à procura do seu catequista, os pais a querem saber do horário e local, o Padre J. aflito a querer atender a tudo e a todos. Mas o certo é que, apesar de todos os anos nós dizermos que o próximo será diferente, acaba por se gerar a mesma confusão.

No meio de tudo aquilo lá fui entregando e recebendo as fichas de inscrição. Com o atraso do costume (tipicamente português) lá fomos entrando na igreja para ouvir as palavras de boas vindas do nosso pároco e também para procedermos à realização do nosso compromisso perante a comunidade presente. Os meus meninos (acho que já os posso chamar assim) sentaram-se mesmo em frente ao altar. Estavam 20, mas eu sei que durante as próximas semanas ainda deverão aparecer mais alguns. Portaram-se lindamente! (Bem melhor que os mais velhos e até que alguns pais que só falavam, esquecendo-se do local de respeito onde estavam).

Parece ser um grupo interessante e neste nosso primeiro contacto já me apercebi de alguns tímidos, bastante introvertidos que se escondiam "nas saias da mãe", mas também de alguns bem reguilas que provavelmente exigirão um maior cuidado e atenção.

Tanto eu, como a S. estamos ansiosas por começarmos verdadeiramente. Já estivemos a preparar o nosso primeiro encontro, que será um contacto um pouco mais intimo - conhecimento recíproco. Estamos muito entusiasmadas (a última vez que ficamos responsáveis pelo 1º ano foi há 11 anos) e queremos dar o nosso melhor a este grupo de crianças que está agora a iniciar a sua caminhada no Caminho que leva a Jesus.

Que o Espírito Santo nos ilumine!

quinta-feira, setembro 28, 2006

O início da caminhada


Não tenho grande experiência de bloguista, bem pelo contrário. No entanto, a criação do meu outro blog, Um olhar azul, serviu-me de inspiração para a criação deste.

Com este blog pretendo relatar a minha experiência de catequista ( essa sim, bem maior do que a de bloguista). Sou catequista há 16 anos, numa paróquia nortenha. Por razões profissionais, no ano anterior estive um pouco afastada, sem nenhum grupo à minha responsabilidade. Contudo, este ano fiquei encarregue do 1º ano e é essa minha experiência que pretendo relatar semanalmente (ou sempre que se propicie).

A recepção aos meninos será no próximo sábado. Estou um pouco nervosa e ansiosa para conhecê-los. Não sei quantos serão, nem sei sequer como serão. Mas tenho consciência que educá-los neste âmbito não será fácil, tendo em conta a sociedade actual e as ofertas que lhes são apresentadas.

Não estarei sozinha, tenho a S. a meu lado. É uma amiga de longa data (mas muito longa mesmo) que comigo coopera há já 11 anos. Nesse tempo conseguimos pegar num grupo de crianças e com elas caminhar até ao 10º ano. Fácil? Nem pensar. Tivemos muitos obstáculos no caminho, mas foi sem dúvida uma experiência gratificante e que agora queremos pôr ao serviço de um outro grupo.
Vamos então dar início à nossa caminhada!!!!