Caminhando ao Encontro

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sábado, novembro 11, 2006

Catequese 3 - Quem me chama

"Queria inscrever o L. no 1º ano, para que frequentasse a catequese.
Ele não sabe nada, mas nada mesmo. Eu já frequentei a missa, mas há já muitos anos que não participo em nenhuma. Mas gostava que ele fosse à catequese, que aprendesse para depois, quando fosse mais velho pudesse optar. Mas olhe que ele não sabe mesmo nada, não faz ideia de quem é Jesus".
Este discurso foi de uma mãe que hoje levou o filho, pela primeira vez, à catequese. Não é fácil para nós catequistas ouvir um discurso assim, principalmente quando se espera que sejam os pais os primeiros catequistas e que connosco colaborem. Contudo, é da vontade da mãe que o seu filho frequente a catequese e só isso já é uma mais valia.
A sessão da catequese de hoje incidia sobre o chamamento que Jesus nos faz, dos mais variados modos: pais, amigos, professores e até catequistas. É Ele que nos chama à catequese para falar connosco e ser nosso Amigo.
No fundo, Jesus serviu-se desta mãe ao convidá-la a levar o seu filho a frequentar a catequese.
Será uma criança que necessitará de um amior apoio nos nossos encontros, pois o apoio em casa será pouco ou nulo, mas quem sabe se este chamamento não será o primeiro passo para que esta mãe regresse a uma participação activa na nossa comunidade. Não conheço todos os pais das crianças deste grupo, mas acredito que a alguns falte um pouco da fé e da participação na Eucaristia Dominical. É um problema que ao longo dos últimos anos tem-se travado na minha paróquia e provavelmente, um pouco por todo o país. É fácil os pais trazerem os seus filhos à catequese, muitos deles fazem questão disso mesmo. Mas levá-los a participarem na Eucaristia Dominical, isso é muito mais dificil, o que faz com que as próprias crianças não se sintam motivadas a participarem.
O grupo ainda está no início da sua caminhada. Este primeiro ano é apenas uma orientação no sentido de todos seguirmos o mesmo caminho. Mas espero, desejo mesmo, do fundo do meu coração, que estas crianças se integrem na minha paróquia e participem activamente nas variadas actividades, nomeadamente a Eucaristia. Mas tenho consciência de que é com os pais que tenho de trabalhar, é a eles que devo chegar em primeiro lugar.
Quanto ao grupo, bom, não pára de crescer. Já conta com 37 crianças. Hoje apenas estiveram presentes 27, mas foi um pouco difícil. São muito agitados e um pouco conflituosos, pelo menos 2 deles. Ás vezes parece que está tudo a correr bem, eles estão atentos, participando quando necessário e de repente já está um a apertar o braço a outro e a fazer não sei o quê. São de facto crianças muito activas.
Espero que o Espírito Santo me continue a ajudar nesta caminhada.

3 comentários:

J disse...

É um grande problema, mas são muitas as crianças que ainda não podem ter a iniciativa de ir à missa, assim que a responsabilizadade é dos pais, e é com os Pais que se deve falar e incentivar a ter uma vida activa na Igreja.

Rezo pelo seu grupo para que Deus os acompanhe nesta caminhada, e vos fortaleca, para que ajude os Pais e respectivas crianças a crescer na Fé, e para que lhe dê força para lhes mostrar o caminho, para que seja a vela que os ilumina com a luz do Espirito Santo.

Beijinhos

Maria João disse...

Também sinto que as crianças nem sempre têm o apoio que deviam ter dos pais.

Mas não podemos esquecer que, às vezes, são estas crianças que levam os pais até Deus. Tenho um caso desses na catequese. A filha, sempre muito interessada, aos poucos está a levar a mãe a interessar-se mais por Deus.

Ver para crer disse...

Lidar com um grupo tão grande deve ser muito difícil. Pelo menos nos primeiros anos.
É que as crianças requerem muita atenção e carinho.