Caminhando ao Encontro

Caminhando ao Encontro

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Dia de Natal

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

António Gedeão

Que o Menino Jesus vos encha os sapatinhos de
AMOR, ALEGRIA, PAZ E SAÚDE!

sábado, novembro 08, 2008

O que temos caminhado...

Já lá vai um certo tempo desde o último post, o que levará a pensar que o caminho está em pausa.
A verdade é que os nossos encontros de catequese têm estado condicionados por outras actividades na paróquia.
Para já posso dizer que estou bastante satisfeita com o grupo - de encontro para encontro o número de elementos tem aumentado. E no último eram já 27!! (O único problema é que estou sozinha, e às vezes não é fácil gerir um grupo de crianças tão activo).

E o que temos feito?

Não tenho seguido o guia do 3º ano tal e qual está discriminado. Por vezes contorno as sessões aí apresentadas, para abordar assuntos relacionados com o tempo litúrgico que vivenciamos ou para rever um ou outro assunto mais importante e que eu sei que as crianças esquecem de um ano para o outro. Foi o que aconteceu.
Começamos por falar sobre as Missões e a sua importância. No Domingo das Missões, cada grupo de catequese recebeu um mealheiro da Infância Missionária, para recolher donativos até ao Natal.
Um dos encontros de catequese foi aproveitado para as crianças se reconciliarem. De facto, muitas crianças ficam o Verão todo sem participar na Eucaristia, e agora, que voltam a participar não o fazem em pleno devido a essas (e outras) faltas. Grande parte deste meu grupo aproveitou e por isso, foi necessário rever algumas ideias sobre o Sacramento da Reconciliação.
Neste mês ainda não tivemos nenhum encontro de catequese. No 1º de Novembro, por ser o Dia de Todos os Santos, muitos participaram nas cerimónias realizadas na nossa paróquia, que incluem a procissão ao cemitério. Como já é tradição, no sábado a seguir ao dia 1 (hoje), na nossa paróquia realiza-se o Jubileu das Almas, com a participação dos padres das freguesias vizinhas, e que termina com a procissão ao cemitério. Esta é uma cerimónia que se realiza durante todo o mês de Novembro, nas freguesias deste arciprestado.
Ainda este mês, a Catequese tem planeada a Festa do Cristo-Rei e o início do Advento. Para aqueles que ainda não têm ideias para este tempo litúrgico sugiro que visitem os sites do Secretariado Diocesano de Educação Cristã de Leiria-Fátima e Aveiro (ver barra lateral), onde estão apresentadas propostas de actividades para as respectivas dioceses.

Na minha paróquia ainda não se preparou este tempo, mas como temos reunião hoje à noite... pode ser que saia alguma sugestão.

terça-feira, outubro 07, 2008

O Reencontro

Terminadas as férias, é tempo de recomeçar os nossos encontros de catequese.
É comum aparecerem poucas crianças no ano a seguir à realização da Primeira Comunhão. Digamos que é uma espécie de pausa, retomada no ano anterior à próxima grande festa - Profissão de Fé. Esta ideia muitas vezes nem é dos pais, mas sim dos filhos (crianças de 8 anos) que lhes dizem que já não querem ir mais à catequese. E eles é que mandam!

Mas é sempre bom reencontrar estes piolhos, que às vezes até parecem eléctricos! Apareceram 19! Um bom número se pensarmos que ainda foi o primeiro dia, e alguns ainda não sabem do novo horário; mas muito inferior aos 40 que fizeram a Primeira Comunhão em Maio. Confesso que não me importa, até prefiro assim, uma vez que este ano a S. não me irá ajudar, com grande pena minha, que assim perco o meu braço direito, uma amiga fundamental nesta árdua tarefa.

Para primeiro dia também não os quis maçar. Apenas recordei algumas regras, conversei com eles sobre as faltas à Eucaristia durante quase todo o Verão.

Fizemos um jogo - cada um escolhia um amigo presente na sala e sobre ele dizia uma característica. Depois, cada um pensava em Jesus e numa característica deste amigo tão especial, que escreveu num papel, sem mostrar a ninguém.

Infelizmente o tempo não deu para mais e o trabalho terá de continuar na próxima semana. A ideia será colar cada um dos papéis escritos à volta de uma imagem de Jesus, rodeado por um cartão com o nome de cada um. Como as peças de um puzzle, cada um é importante e pertence ao grupo de amigos de Jesus. A falta de uma peça deixa o puzzle incompleto; a falta de um elemento deixa o grupo incompleto!
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À noite tivemos a habitual reunião de catequistas e não se percebe como pode haver pessoas que se dizem catequistas e apresentam comportamentos pouco dignos disso. Ouve-se coisas impossíveis de se ouvir, não se trabalha para um bem comum, não se aceita que nem todos aceitem a ideia do senhor que se julga sabedor de tudo. E no fim ainda ouvimos frases cínicas, depreciativas do trabalho que vamos tentando fazer. Não é justo, e leva ao desânimo. Provavelmente é o que pretendem, que todas nós abandonemos e que eles assumam o controlo. Sim, apetece desistir. Caminhamos numa catequese paralela porque teimam em não aceitar o trabalho comum... Não querem participar; não concordam com as actividades que tentamos realizar; vivem para a imagem transmitida, vazia, oca, sem fruto...
Critica-se a falta de reponsabilidade, quando na verdade apenas foi um lapso, que em nada prejudicou o trabalho ou a pessoa, ouve-se críticas de quem nunca se oferece para fazer as tarefas, mas que apenas sabe apontar o dedo... E em tom de ameaça dizem: "Eu não venho mais à catequese!" Pronto, que não venha... Trabalha quem está disponível, trabalha quem quer...

Desculpem o desabafo, mas tinha de ser... Há coisas que não podem ficar cá dentro... Há coisas que precisamos falar para sentirmos o alívio de quem trabalha por amor a Jesus e às crianças que temos sob a nossa responsabilidade!

domingo, setembro 28, 2008

O início

O título deste post assume hoje um duplo significado!

Em primeiro lugar, quero recordar aqui o início desta caminhada. Sim, foi já há 2 anos que este caminho começou a ser percorrido e, apesar de algumas dificuldades, espera continuar pelo menos por mais um ano!

Por isso, quero dedicar estas linhas a todos os amigos que visitam este espaço, que deixam a sua marca ou apenas passam por aqui no seu silêncio. Espero poder contribuir com o meu testemunho, e um pouco do meu trabalho, para espalhar a mensagem de Jesus.

Em segundo lugar, o dia de hoje marca o início de mais um ano de catequese na minha paróquia.

Este ano, pais e crianças foram convidados a participar na Eucaristia, para com Jesus iniciarmos da melhor maneira mais um ano de formação. Em Acção de Graças, todos os catequistas fizeram o seu compromisso, rezando esta oração, louvando a Deus. Os pais e as crianças foram as nossas testemunhas.

Um pouco por todo o lado está a iniciar-se a catequese. A todos desejo um bom trabalho! Que a fé e o Espírito Santo nos ilumine em cada dia, que a Mensagem de Jesus, que tentamos transmitir, chegue ao coração de cada criança que temos à nossa responsabilidade!

domingo, setembro 21, 2008

(Re)Começar

Durante muito tempo pensei em desistir, terminar com este cantinho...
Fui sempre adiando a decisão e, sem saber muito bem porquê, deixei mesmo de o visitar.
Até que no outro dia me dei conta, ao olhar para o contador, numa visita que fiz, que muitos são os que ainda visitam este espaço, alguns que ainda comentam ou enviam mensagens para o mail elogiando este espaço. Não sei bem se o mereço...

Este ano foi especial para o meu grupo, mas desde esse dia que não escrevi mais nada. Primeiro por falta de tempo. Como me dediquei muito para a preparação das crianças do meu grupo, fui acumulando trabalho na minha profissão.

Mas depois vieram as férias... e fui evitando passar por aqui. No fundo, acho que foi o desânimo.

Desânimo num grupo de crianças que logo após a Festa da Primeira Comunhão ficou reduzido a metade, e assim foi diminuindo até ao fim da catequese.

Desânimo num grupo de catequistas que cada vez mais rema desordenadamente, cada um para o seu lado. Assim não andamos... Assim não atingimos a nossa meta...

Desânimo com as pessoas que nos rodeiam, que são falsas, que dizem uma coisa na nossa frente, e depois fazem outra; que não trabalham com o mesmo fim, que nos criticam, em vez de nos mostrar onde erramos...

Desânimo porque são sempre os mesmos que trabalham, são sempre os mesmos que têm de ter as ideias e de as concretizar. De outro modo nada se faz. E ficam à espera...

Depois pensei em todos aqueles que visitam este cantinho, que deixam a sua marca, mesmo que silenciosa, que o visitam na esperança de aqui encontrar um post novo. A eles peço desculpa por esta pausa.

No fundo, é Jesus que nos guia e esta pode ser também uma forma de evangelizar, de partilhar ideias, de desabafar...

A verdade é que nunca ninguém disse que o caminho ia ser fácil...

quarta-feira, maio 07, 2008

Festa da Primeira Comunhão

A primeira etapa da caminhada deste grupo de Catequese foi alcançada - no passado dia 4 de Maio, dia da Mãe, 42 crianças realizaram a sua Primeira Comunhão.

A semana que antecedeu o grande dia foi de muito trabalho. Afinal, todos os dias, depois das aulas (17h30), encontravamo-nos na Igreja Matriz para ensaiar, para cantar, para se preparararem, durante cerca de 1 hora (às vezes mais, pois o seu comportamento nem sempre ajudou).

E finalmente chegou o dia que todos ansiavam!

A cerimónia foi linda, muito sentida. As crianças estiveram atentas, os pais não desviaram o olhar dos seus filhos. Afinal, iriam receber Jesus pela primeira vez.

Tudo decorreu de forma natural, bem melhor do que nos ensaios. As suas vozes alegraram a Eucaristia, participando no Ofertório Solene e na leitura de algumas orações (Acção de Graças e Consagração a Nossa Senhora).

Um dos momentos mais especiais foi a surpresa às mães. Depois da oferta das flores a Nossa Senhora, e de lida uma Prece por todas as mães, as crianças voltaram-se para as suas mães e cantaram-lhes uma canção. O resultado: as mães todas emocionadas (e todos quantos assistiam também!).

A festa foi especial, pelo seu significado. E apesar de nos encontros de catequese termos explicado o verdadeiro significado da Eucaristia e da Comunhão, os próximos encontros servirão para aprofundar e reflectir o significado deste grande dia. É importante que eles se consciencializem que a Comunhão é o Alimento que cada um necessita para a sua vida, daí a importância da participação na Eucaristia Dominical. Mas isso, é também, responsabilidade dos próprios pais, que às vezes não é devidamente cumprida.


As flores que ofereceram a Nossa Senhora (Consagração)


As lembranças que ofereceram à mãe

(continha a Prece no Dia das Mães que duas crianças leram)

E porque quisemos que este dia fosse recordado entregamos a cada criança (para além das ofertas do Senhor Padre que incluiam o diploma, santinhos e um livro de orações) este saquinho bordado com um cálice e as uvas, símbolo da Eucaristia.


PS. Permitam-me que ao terminar este post deixe o meu desabafo. Não sei se o deveria fazer, afinal, ser catequista é dar-se totalmente, numa entrega que não nos traz fama e muito menos riqueza. Bem pelo contrário, são sacríficios que se fazem e muitas vezes até despesas. Mas sou catequista por amor a Jesus e a estas crianças às quais já me afeiçoei (já são 2 anos de caminhada) e quem me conhece sabe bem que não procuro evidenciar-me em festas, nem faço as coisas para mostrar aos outros.

Na preparação da festa, tanto eu, como a S., tentamos pôr as crianças em primeiro lugar e tudo aquilo que foi feito foi devidamente explicado a todos, para que cada um soubesse o verdadeiro significado. Mas no fim de tanto trabalho não pude deixar de ficar triste por não ter recebido uma palavra, um agradecimento... Foram 42 crianças! 42 crianças! E apenas 6 pais vieram ter connosco a felicitar-nos...

Eu sei que não preparamos a festa a pensar nos pais, e sim nas crianças, mas acho que lhes ficava bem... E uma palavra de apreço é sempre um incentivo a continuarmos, não?!

domingo, abril 20, 2008

Reunião de Pais

Na semana passada foi a reunião de pais de preparação para a Festa da Primeira Comunhão.

Das 42 crianças que se encontram a preparar, apenas estiveram ausentes 3 pais, mas com faltas devidamente justificadas. Afinal, é preciso haver uma festa para os pais mostrarem algum interesse. Pelo menos mostraram alguma responsabilidade perante os filhos...

A minha maneira de ser não me deixa muito à vontade quando tenho de falar aos pais, apesar de na minha profissão muitas vezes me ver obrigada a isso. Sinto-me constrangida, às vezes um pouco intimidada. Não há nada melhor do que falar aos filhos!

Mas aproveitando o facto de ter os pais presentes tentei passar algumas mensagens, chamá-los à responsabilidade. A verdade é que, e isto pelos testemunhos que este blog tem recebido, um pouco por todo o lado, após a festa da Primeira Comunhão muitas são as crianças que desistem da catequese, definitivamente ou então até haver outra festa, como é o caso da Profissão de Fé.

Importante é também a participação na Eucaristia, dever de todo o cristão, que os pais devem assumir ao querer que os seus filhos participem na Festa da Primeira Comunhão. Mas devo reconhecer que, apesar de alguns pais deste grupo não terem por hábito a participação na Eucaristia Dominical, neste último ano têm-no feito com alguma frequência. Ao menos a alguns a mensagem chegou.

Louvo também este grupo de pais que se disponibilizou para ajudar no que fosse necessário. Um até ofereceu as flores que os meninos costumam oferecer a Nossa Senhora no dia da festa.

Faltam apenas 15 dias, e mesmo sentindo que alguns estão preocupados com a roupa ou a festa que os pais estão a preparar, sinto-os também ansiosos pela sua festa - finalmente poderão receber Jesus no seu coração!

quarta-feira, abril 09, 2008

Grande etapa na caminhada

E o caminho continua, entrando agora numa fase muito especial.

Se ainda se recordam, durante a Quaresma realizamos a tarefa de "construir" a árvore da vida", tarefa que ficou concluída no 5º Domingo da Quaresma. Nesse dia a nossa árvore encheu-se de folhas e de frutos, em resultado da participação das crianças na Eucaristia Dominical. Apesar de bem colorida, muitas folhas e frutos ficaram colocados no chão... A eterna batalha que travamos com os pais, ao tentar fazer-lhes compreender da necessidade de colaborarem com os catequistas, incutindo nos seus filhos a participação na Eucaristia Dominical, ao longo de todo o ano, e não apenas em épocas mais festivas. De facto, no Domingo de Ramos a Igreja encheu-se...

Passada esta festa da Páscoa, o grupo entra na fase final de preparação para a sua grande festa - Festa da Primeira Comunhão, a realizar no 1º Domingo de Maio.

Nota-se um certo nervosismo por parte deles. Eles sabem que os pais estão a preparar a festa, sabem que estarão presentes parentes próximos, que se deslocam especialmente para participarem.

Da nossa parte estamos a tentar explicar-lhes o verdadeiro significado da festa, estamos a tentar que na hora da Eucaristia vivam plenamente o momento, com significado. Desejamos que seja memorável. Rezamos para que aconteça...

É isso que vamos tentar explicar aos pais na reunião que iremos realizar no próximo Sábado. Afinal, é a primeira vez que estas crianças irão receber Jesus, senti-lo ainda mais próximo.

domingo, março 23, 2008

Cristo Ressuscitou! Aleluia!

Cruz do Compasso Pascal da minha paróquia

A todos os amigos que por aqui passam e aqui deixam a sua pegada desejo uma Santa e Feliz Páscoa.
Que Cristo viva e reine no coração de cada um de nós!
Que cada um seja testemunha da Sua Ressurreição!

quarta-feira, março 05, 2008

Reuniões de Catequistas / 4º Domingo da Quaresma

Ser Catequista é dar-se aos outros! Já aqui o disse, ou melhor, escrevi!

Não é fácil, e exige muito! Cada semana é preciso preparar o encontro, planear a melhor forma de chegar junto das crianças do nosso grupo, arranjar estratégias e recursos que as motivem para aprender. É preciso disponibilidade para o fazer, mesmo que por vezes tenhamos de fazer sacrifícios com a nossa família.

Quando iniciei a minha actividade, na minha paróquia existia o hábito de nos reunirmos semanalmente. Todas as segundas-feiras as catequistas juntavam-se, discutiam as diferentes situações e depois, em grupo, preparava-se as catequeses da semana seguinte: a da Infância e a da Adolescência.

Hoje as coisas são diferentes, e muito... As reuniões são mensais, sempre com imensos assuntos a tratar (os assuntos de um mês!) e a verdade é que pouco tempo sobra para nos juntarmos e prepararmos a catequese em grupo. Assim, apenas preparamos as actividades que são em comum, como por exemplo a actividade a desenvolver durante a Quaresma.

E o que mais irrita é sempre a atitude de pressa, desinteresse e enfado que algumas catequistas do grupo apresentam. O que mais irrita é ver que em vez de existir união entre nós, anda cada uma pelo seu caminho, incerto e por vezes inseguro. Irrita saber que o trabalho é sempre feito pelas mesmas, e mesmo quando se tenta dividi-lo, há sempre quem vire a cara para o lado, e se desculpe com o trabalho, com a família... Então, as outras não têm família também? Não trabalham? E são estas situações que nos vão derrubando e ao mesmo tempo questionando sobre a verdadeira razão porque somos catequistas.

Desculpem o desabafo, mas às vezes também é preciso (embora muito tenha ficado por dizer). Porque neste caminho também desanimamos, também nos sentimos cansados e queremos parar... desistir... Porque precisamos de apoio, e às vezes não o sentimos, não o temos...


E na caminhada da Quaresma chegamos ao 4º Domingo - Domingo da Luz

Quando Jesus cura o cego de nascimento (Jo 9, 1-41), Ele apresenta-se como a LUZ do mundo. Ele vem para nos ajudar a ver o caminho que vale a pena percorrer, para arrancar, de nós, as nossas “cegueiras”. Ser “cego” é não querer ser amigo de Jesus e amigo dos outros. Ter a LUZ é deixar-se iluminar por Jesus e encontrar o Amor que vem de Deus.

Oh Jesus ilumina-me nesta meu caminhar...

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Orações ou fórmulas / 3º Domingo da Quaresma

Pelo que ouço contar, antigamente o ensino da Catequese resumia-se à aprendizagem das fórmulas, mandamentos e sacramentos, pecados e virtudes e mais não sei o quê. Autêntica memorização! Não sei se os catequistas, que em muitos casos até era o senhor padre, explicavam o seu significado.

Hoje em dia a catequese é bem diferente (e tinha mesmo de ser). Continua a ensinar-se as "fórmulas" mas desta vez com significado, contextualizadas - são orações lindas, palavras que já alguém proferiu e que depois ensinou. E explico-lhes quem proferiu as palavras, em que contexto e qual o seu significado.

Mas aqui os catequistas debatem-se com um certo problema. Ao contrário do que os pais pensam, a catequese não se resume ao ensino das ditas fórmulas e assim ficam chateados "porque o catequista não ensina nada".

O padre da minha freguesia "proibiu" categóricamente de se ensinar as orações às crianças - é tarefa dos pais! Mas depois olho para as minhas crianças e vejo que apenas metade do grupo tem o hábito de rezar, sozinhos ou com os pais, os mesmos que se preocupam em ir ao encontro da catequista e perguntar quais as orações que os filhos devem aprender, os mesmos que os levam a participar na Eucaristia em cada Domingo.

A outra metade, enfim, é uma luta. Têm 7/8 anos, não andam na rua sozinhos e os pais não querem trazê-los à missa, os pais não os ensinam porque também não sabem rezar...
E com apenas 1 hora por semana não se pode ensinar tudo....


3º Domingo

E a nossa árvore continua a crescer, mas para isso precisa de água - fonte de vida!
A água é sinal da ternura, do amor que Deus tem por cada um de nós. Neste Domingo a água ficou simbolizada num regador que foi oferecido na Eucaristia e permanece ao lado da árvore lembrando-nos da vida que Deus nos dá, através da água.

sábado, fevereiro 16, 2008

Catequese 19 - Jesus dá a vida por nós / 2º Domingo da Quaresma

O encontro de hoje foi muito rico; rico pela maneira como o grupo mostrou que aquilo que tem vindo a aprender ao longo destes dois últimos anos não caiu em saco roto.

E acaba por ser engraçado como, apesar de prepararmos a catequese seguindo determinada ideia, a curiosidade das crianças desta idade acaba por nos conduzir por outro caminho, mas que no fundo nos leva ao pretendido - conhecer melhor Jesus, aprender com Ele, com a Sua Palavra.

No fundo é saudável para uma catequista sentir que as crianças têm curiosidade, querem saber mais. Mas ao mesmo tempo deixa uma certa preocupação por verificar que algumas destas crianças podem não ter o apoio necessário para crescerem ainda mais na sua Fé.


E assim prossegue a nossa caminhada nesta Quaresma.
Depois da raíz plantada, cresce a árvore, fortalecendo o seu tronco e os seus ramos.
E com Jesus crescemos cada dia, fortalecendo o tronco e os ramos da nossa vida com a Alegria.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

A vivência da Quaresma

A Quaresma na catequese, e na nossa paróquia, vai seguir a proposta de actividade sugerida pelo Secretariado Diocesano de Catequese de Leiria-Fátima.

A proposta consiste na construção de uma árvore, a árvore da vida. Nela se faz a analogia das partes da árvore e dos bens de que necessita para crescer, como a água e a luz, com a nossa vida de cristãos, num tempo que se quer de conversão, penitência e oração.

Cada grupo irá desenvolver a sua própria actividade, mas haverá uma parte comum, na Eucaristia dominical. Aí, em cada Domingo, irá ser colocada uma parte da árvore, com a devida explicação.

No caso meu grupo, em cada semana, realizarão uma actividade em casa, promovendo deste modo a participação da família.

E nesta primeira semana - a Raiz, simbolo da Fortaleza, o dom que nos ajuda a enfrentar as dificuldades, a vencer as tentações, a ter sempre alegria e esperança para não desanimar.

sábado, fevereiro 09, 2008

Os Sacramentos da Santa Igreja

Os últimos encontros de Catequese não têm seguido o guia de catecismo.

Os guias e os catecismos estão preparados de uma determinada forma, que nem sempre é a realidade das paróquias.

Na minha paróquia, por exemplo, a Festa da Primeira Comunhão realiza-se sempre no primeiro Domingo de Maio, Dia da Mãe. Nestes casos, e havendo necessidade de abordar determinados temas, foi preciso dar a volta à estrutura e saltar certos encontros.

Neste sentido, os últimos encontros têm sido dedicados à explicação dos Sacramentos da Santa Igreja - quais são, o significam, quando os recebemos.

De entre estes destacamos o Sacramento da Penitência e o Sacramento da Eucaristia.
Na semana passada viram um episódio da série " Histórias da Bíblia" onde Pedro questionava Jesus sobre o número de vezes que devemos perdoar. E penso que a mensagem foi bem transmitida, e bem acolhida.

Aprenderam a oração da Confissão e esta semana concluimos o tema com a oração do Acto de Contrição.
Nos próximos encontros iremos abordar o tema da Eucaristia, sem esquecer que estamos em plena Quaresma. No próximo post conto-vos o que estamos a desenvolver.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Ponto da Situação - Catequeses 10 e 11

É altura de fazer um ponto da situação neste espaço, no qual não postava desde o final do ano.

Entretanto já muito se passou, já muito aconteceu, mas a verdade é que não tenho tido tempo de aqui deixar uma reflexão dos encontros de catequese que entretanto já tive com os meus meninos.

Em primeiro lugar quero deixar aqui o meu desejo de um bom 2008! Que Jesus viva sempre em vosso coração!

Agora que já deixei os meus desejos para o novo ano, vou então contar o que já fui fazendo com o meu grupo.

Logo no primeiro Sábado de Janeiro tivemos o nosso encontro. Se ainda se recordam, era nesse dia que deveriam ter entregue o trabalho que ao longo do Advento foram fazendo em casa com os pais. Na verdade, apenas 2 crianças trouxeram! 2! Eu sei que elas são pequenas, que dificilmente se poderia exigir tal responsabilidade, mas então, e os pais?

No Domingo a seguir foi a nossa Celebração da Epifania, com a apresentação dos trabalhos na Eucaristia. Apareceram mais alguns trabalhos, no total de 5 em cerca de 30 crianças! Novo desânimo... Não é fácil começar um ano assim, não é fácil verificar que não temos o apoio dos pais, não é fácil verificar que todo o trabalho, tempo e até dinheiro dispendido é em vão, porque poucos são aqueles que aproveitam e recebem verdadeiramente a mensagem que lhes é transmitida.

Entretanto já tivemos um outro encontro, que também correu menos bem. As crianças, não sei porque razão, estavam irrequietas, distraídas, faladoras...

A Festa da Primeira Comunhão aproxima-se, tanto ainda de que falar, tanto ainda que ensinar e transmitir de modo a viverem em pleno esta festa tão importante. Às vezes tenho receio, receio de não conseguir fazer chegar a mensagem, de não lhes tocar no seu coração.

Ajuda-me Senhor nesta caminhada!

Aproxima-se a Quaresma! Deixem aqui sugestões de actividades que se possam desenvolver na catequese. As ideias partilhadas nunca são demais!