Há dias em que saímos de um encontro de catequese e damos por nós satisfeitos pelo trabalho desenvolvido.
Sim, há dias assim. E como é bom, como nos sentimos bem, pela tarefa que conseguimos desenvolver, por sentirmos que a Palavra chegou aos nossos meninos. Hoje sem dúvida foi um dia desses. Sim, sinto-me satisfeita com a catequese de hoje.
O tema era o amor pelos nossos amigos. Se aos amigos damos prendas, porque não dar ao nosso maior Amigo, Jesus? E o que gosta ele de receber?
O tema era o amor pelos nossos amigos. Se aos amigos damos prendas, porque não dar ao nosso maior Amigo, Jesus? E o que gosta ele de receber?
"Vós sereis meus amigos se fizerdes o que vos mando.
O que vos mando é que vos ameis uns aos outros." (Jo 15, 14.17)
Este tema do amor não é fácil de as crianças entenderem, pelo menos a grandeza desta palavra, deste sentimento. Claro que o primeiro pensamento foi “Amar um rapaz, eu?”.
A palavra amor e todo esse sentimento está demasiado banalizado nos nossos dias – são as telenovelas, as séries para adolescentes, os filmes… Está-se a perder o verdadeiro significado da palavra amar. Não é à toa que o Santo Padre publicou a encíclica sobre o amor DEUS CARITAS EST.
"No desenrolar deste encontro, revela-se com clareza que o amor não é apenas um sentimento. Os sentimentos vão e vêm.
(...)
Revela-se, assim, como possível o amor ao próximo no sentido enunciado por Jesus, na Bíblia. Consiste precisamente no facto de que eu amo, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem conheço sequer. Isto só é possível realizar-se a partir do encontro íntimo com Deus, um encontro que se tornou comunhão de vontade, chegando mesmo a tocar o sentimento. Então aprendo a ver aquela pessoa já não somente com os meus olhos e sentimentos, mas segundo a perspectiva de Jesus Cristo. O seu amigo é meu amigo. Para além do aspecto exterior do outro, dou-me conta da sua expectativa interior de um gesto de amor, de atenção, que eu não lhe faço chegar somente através das organizações que disso se ocupam, aceitando-o talvez por necessidade política. Eu vejo com os olhos de Cristo e posso dar ao outro muito mais do que as coisas externamente necessárias: posso dar-lhe o olhar de amor de que ele precisa."
(...)
Revela-se, assim, como possível o amor ao próximo no sentido enunciado por Jesus, na Bíblia. Consiste precisamente no facto de que eu amo, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem conheço sequer. Isto só é possível realizar-se a partir do encontro íntimo com Deus, um encontro que se tornou comunhão de vontade, chegando mesmo a tocar o sentimento. Então aprendo a ver aquela pessoa já não somente com os meus olhos e sentimentos, mas segundo a perspectiva de Jesus Cristo. O seu amigo é meu amigo. Para além do aspecto exterior do outro, dou-me conta da sua expectativa interior de um gesto de amor, de atenção, que eu não lhe faço chegar somente através das organizações que disso se ocupam, aceitando-o talvez por necessidade política. Eu vejo com os olhos de Cristo e posso dar ao outro muito mais do que as coisas externamente necessárias: posso dar-lhe o olhar de amor de que ele precisa."
Mas as cabecinhas destas crianças, nestas idades, são surpreendentes e depressa se apercebem que amar não é apenas gostar, mas sim dar, perdoar, ajudar, pedir desculpa, ser bom para todos. A actividade final consistiu em desenhar o seu coração. No final, um a um, entregou o seu coração a Jesus com o compromisso de esta semana amar os outros.
Que o Espírito Santo os ilumine!
3 comentários:
O Amor!!!
Tem muitas vias...e ainda bem que é assim!
E o amor é mesmo o melhor!!!
beijinhos!!!
:))
Não é preciso ser muito puritano para perceber que a noção de amor está bastante deslocalizada.
Bonito texto.
É pena que esta mensagem de amor nem sempre seja transmitida pelos pais e pelas outras pessoas que vivem em seu redor.
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