- Hei-de viver pensando apenas no dia de hoje, sem querer resolver de uma só vez todos os problemas da minha vida.
- Hoje, apenas hoje, hei-de ter o máximo cuidado na minha convivência: afável nas maneiras, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar ou corrigir alguém à força, mas só a mim mesmo.
- Hoje, apenas hoje, hei-de ser feliz na certeza de que fui criado para a felicidade, não só no outro mundo, mas também neste.
- Hoje, apenas hoje, adaptar-me-ei às circunstâncias, sem pretender que todas elas se adaptem aos meus desejos.
- Hoje, apenas hoje, hei-de dedicar dez minutos a uma boa leitura. Assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, assim a boa leitura é necessária para a vida do espírito.
- Hoje, apenas hoje, farei uma boa acção e não a contarei a ninguém.
- Hoje, apenas hoje, fareu ao menos uma coisa que me custe; e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.
- Hoje, apenas hoje, executarei um programa pormenorizado. Talvez não o cumpra totalmente, mas ao menos hei-de propô-lo. E fugirei de dois males: a pressa e a indecisão.
- Hoje, apenas hoje, acreditarei firmemente - embora as circunstâncias aparentem o contrário - que Deus Se ocupa de mim como se não existisse mais ninguém no Mundo.
- Hoje, apenas hoje, não terei qualquer medo. De modo especial não terei medo de apreciar o que é belo e de crer na bondade.
Posso praticar o bem durante 12 horas. O que me desanimaria era pensar que o deveria praticar durante toda a vida.
João XXIII, in Cruzada (Outubro 2006)
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