Caminhando ao Encontro

Caminhando ao Encontro

quarta-feira, agosto 22, 2007

Top da Catequese

No passado mês de Março, um missionário visitou a nossa paróquia. Participou na Eucaristia, falou aos grupos de catequese da Adolescência e realizou um encontro para os catequistas. Nesse encontro foi-nos apresentado o Top mais e o Top menos da Catequese, que aqui quero partilhar.

Os cinco mais da catequese hoje, em Portugal:

1. O entusiasmo dos catequistas
2. “Para que vivam e tenham vida” (o documento dos bispos do ano passado).
3. A fé e o empenho (apesar de tudo) dos catequizandos.
4. As boas experiências que se vão fazendo de ponte entre a catequese, liturgia e oração
5. Uns tantos responsáveis diocesanos e nacionais da catequese.

Os cinco menos da catequese:

1. A catequese sem entusiasmo suportada a troco de acesso a sacramentos sem fé.
2. Os catecismos que temos e os que (ainda) não temos.
3. A atitude auto-suficiente de quem não precisa de formação e que (julga) saber tudo e se recusa a pensar. E a mudar.
4. Os “contratos” mafiosos entre a catequese, pais e crianças.
5. A indecente forretice de algumas paróquias que não olham ao futuro e que votam a catequese ao desmazelo.


Deixo aqui um desafio!

Concordam com este Top?

Sugerem outros aspectos?

Partilhem a vossa opinião.

quinta-feira, agosto 16, 2007

Quem é o dono do teu tempo?

Queixamo-nos muitas vezes da falta de tempo, que o tempo não estica, muitas vezes como desculpa para nos afastarmos de Deus.

Este pequeno teste ajudar-te-á a fazer uma leitura da forma como vives e organizas o teu tempo, afim de reajustares a distribuição que dele fazes, de acordo com a tua consciência.

Procura ser honesto contigo mesmo...


1. Sentes que o tempo de que dispões é:
a) Teu e tens o direito de o ocupar como bem entendes.
b) Dom de Deus e deves empregá-lo na construção de uma vida frutífera.
c) Dos outros e é gerido de acordo com todas as solicitações que te são feitas.

2. Os teus dias são:
a) Intermináveis.
b) Calmos.
c) Breves.

3. Quando tens uma tarefa para cumprir, a tua tendência é:
a) Esquecer tudo o resto, até estar concluída,
b) Realizá-la atempadamente, conciliando-a com a tua rotina habitual.
c) Adiar a sua concretização, até ao limite.

4. Habitualmente, estás com a tua família:
a) Raramente, porque tens outras prioridades e sabes quee ela está sempre lá.
b) O tempo suficiente para viveres em comunhão, sem perderes a tua privacidade.
c) Sempre, porque não és capaz de estar longe dela.

5. Quando um amigo te convida para um encontro:
a) Normalmente, não podes e respondes que "hás-de encontrar um dia".
b) Mesmo com a agenda ocupada, encontras um tempo e marcas um dia.
c) Se tiveres outro compromisso, não és capaz de o dizer, ele pode não te voltar a convidar.

6. No que diz respeito aos teus tempos livres:
a) Eles são intocáveis e tens de ter tempo para as tuas actividades, custe o que custar.
b) Procuras reservar algumas horas paor semana para descomprimir e cultivar os teus interesses.
c) Não tens tempos livres e, por isso, não te dás ao luxo de ter hobbies.

7. Para ti, os tempos de oração são:
a) Importantes, mas só lhes dás espali quando sentes necessidade.
b) Fundamentais e acontecem diariamente, independentemente da tua disposição.
c) Um rotina da qual nada nem ninguém te pode desviar.

8. Visitas o Santíssimo Sacramento:
a) Raramente, porque tens muitas outras coisas para fazer.
b) Com frequência, pois, para ti, estar com Deus é fundamental.
c) Quando sentes uma necessidade pontual.

9. Lês a Sagrada Escritura:
a) Apenas quando precisas que Deus te diga alguma coisa.
b) Normalmente, porque nela encontras um diálogo sábio entre Deus e o Homem.
c) Nunca: as leituras da Eucaristia são suficientes para a conheceres.

10. Participas na Eucaristia:
a) Quando precisas do auxílio de Deus para a tua vida.
b) Sempre, porque ela é o centro da vivência da tua fé.
c) Só quando te apetece, poruqe nem sempre a vives com autenticidade.

11. Quando estás muito ocupado(a):
a) Usas o tempo que normalmente reservas para a vivência da fé para o ocupares com tarefas mais urgentes.
b) Preservas os teus tempos de oração, porque a tua relação com Deus assenta na fidelidade.
c) Deixas a oração para segundo plano, mas procuras dedicar-lhe sempre um tempinho.

12. Em tempo de férias:
a) Esqueces a relação que tens com Deus, porque tens de descansar.
b) Aproveitas para fortalecer e alimentar a tua fé, porque estás mais disponível.
c) Não participas na Eucaristia, porque não estás na tua paróquia.


Confere agora as tuas respostas.

Até 35 pontos


O dono do teu tempo é o teu egoísmo. Tendes a ocupar-te apenas com o que mais te convém, não te restando muita disponibilidade para a tua relação com os outros e com Deus. Geres o teu tempo em função dos teus próprios interesses. Tens um longo caminho a percorrer até gastares o teu tempo com liberdade. Deves questionar as motivações que orientam a tua vida.

Entre 36 e 75 pontos


O teu tempo tem vários donos: orienta-lo em função dos outros e, de vez em quando, em função de Deus. Contudo, cedes muitas vezes à tentação de gerir o tempo consoante a tua própria conveniência individual. Tens a noção de que o teu tempo é mais saboroso se não for orientado apenas em teu próprio proveito, mas tens dificuldades em aplicar aquilo que crês aos teus dias. Planificar o tempo e estabelecer compromissos podem ser duas atitudes que te vão ajudar!

A partir de 76 pontos


Sabes bem que o tempo de que desfrutas não é teu, mas d'Aquele que to ofereceu como uma dávida! Fazes muito bem a distinção entre o que é essencial e o que é secundário e entendes claramente que Deus não é uma espécie de ocupação que te faz perder tempo, mas é o Senhor dele, quete desafia a colocares o teu tempo ao serviço dos outros, sempre por referência a Ele. Sabes que "há um tempo para tudo" e que Deus é Aquele que dá sentido ao teu próprio tempo. Estás no bom caminho.



In A Mensagem, Julho-Agosto 2007(Adapt.)

sábado, agosto 11, 2007

De férias com Deus II

Também nós catequistas entramos de férias!

Sabe bem, uma vez que ao longo do ano dedicamos muito a este trabalho, a par das nossas outras responsabilidades, familiares e profissionais.

Mas para nós, que tanto responsabilidade assumimos no compromisso de levar a Palavra de Deus aos mais pequenos, é ainda mais importante aproveitar este tempo de férias, para reflectir sobre o modo como apresentamos o nosso testemunho.

Cada vez é mais importante não nos importarmos com discursos bonitos, mas que não passam de palavras e sim mostrar com a nossa forma de vida, com um testemunho vivo a Palavra de Deus, o exemplo de Cristo, a pessoa que foi, a mensagem que nos legou.

Aproveitemos então para nos aproximarmos mais de Deus, durante estas férias. Aqui ficam algumas dicas que poderão ser usadas, quer por catequistas quer por outros que pretendam aproveitar estas férias para procurar a paz que só Ele nos pode dar.
  • Oração - num contacto mais com a natureza aproveitemos para incrementar a oração, seja no campo, à beira-mar ou junto ao rio. E podemos orar de diferentes modos: recitando um salmo ou um texto bíblico, lendo um livro bíblico ou um livro de espiritualidade, recitando a Liturgia das horas, escrevendo a reflexão que uma leitura da Bíblia nos sugere, escolhendo um pensamento para meditar...


  • Eucaristia - participar numa Eucaristia fora da nossa localidade, fora da paróquia, num local onde não temos qualquer responsabilidade no desempenho de qualquer ministério litúrgico;


  • Retiro espiritual - porque temos mais tempo, porque estamos mais descontraídos...


  • Formação - porque é necessário que o catequista se actualize, melhore a sua forma de ser cristão;


  • Passeios/Visitas - a locais que possam ser portadores de novas descobertas no que concerne à vivência da fé;

  • Oração comunitária - realizar uma oração partilhada, com a família, com amigos, com outros catequistas, através da leitura partilhada de um texto bíblico ou de um livro;

  • Convívio - porque o trabalho não é feito (ou pelo menos não o deve ser) de modo individual, mas sim numa partilha de ideias, de experiências. Fica pois a sugestão (já seguida em muitas paróquias) de realizar um convívio entre catequistas ou até mesmo entre paroquianos...


Adaptado de "Só em Deus repousa a minha alma"

in A Mensagem, Julho-Agosto 2006

terça-feira, agosto 07, 2007

De férias com Deus I

A maior parte de nós está de férias, as tão merecidas férias. Depois de um ano de stress, de sacrifícios, de muito trabalho.

Alguns partem para fora do país, outros para fora da sua localidade. Muitos buscam novas paisagens, outros refugiam-se no local habitual, seja no campo ou na praia.

"Os tempos livres sejam bem empregados, para descanso do espírito e saúde da alma e do corpo, ora com actividades e estudos livremente escolhidos, ora com viagens a outras regiões (turismo), com as quais se educa o espírito e os homens se enriquecem com o conhecimento mútuo, ora também com exercícios e manifestações desporitvas, que contribuem para manter o equilíbrio psíquico."

Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo actual - GS 61

E que lugar ocupa Deus nas nossa férias?

Em muitos locais verifica-se uma diminuição na frequência da Eucaristia, em parte justificada pela deslocação de algumas pessoas. Mas nem sempre essa justificação é válida. Vivo numa localidade balnear onde se verifica que as crianças durante o Verão não participam na Eucaristia, e no entanto estão na praia...


Por outro lado, a igreja fica repleta de pessoas desconhecidas, veraneantes que procuram o alimento espiritual. E isso é bom...

E não venham com desculpas relacionadas com falta de tempo, porque não passa disso mesmo, uma desculpa. Se dermos 1 hora por semana a Deus, estaremos a perder assim tanto?

Não será fácil encaixar, no nosso horário de férias, uma hora para Lhe dedicarmos?
Para estarmos mais próximos?
Para O ouvir melhor?
Para Lhe agradecermos o ano que passou?
Para Lhe pedir o apoio necessário quando voltarmos ao trabalho?
Para O louvar?


O Senhor é meu pastor: nada me falta.

Em verdes prados me faz descansar

e conduz-me às águas refrescantes.

Salmo 22


quinta-feira, agosto 02, 2007

Férias e Limpezas

Sim, férias também pode significar limpeza.

Poderia estar a falar numa limpeza espiritual, daquelas em que parámos, fazemos uma verdadeira introspecção, verificamos o quanto estamos a responder ao apelo de Cristo, a vivermos como verdadeiros cristãos. As férias até são um bom momento para o fazermos. Estamos mais livres, mas descontraídos, sem as pressões profissionais, enfim, estamos de férias!

Mas a limpeza a que me quero referir hoje, não é deste tipo. É uma limpeza material!

Férias na Catequese significa que temos de proceder a limpezas, em especial da sala que ao longo do ano ocupamos.
Infelizmente na minha paróquia não temos um Centro Paroquial. Está pensado, temos inclusivé uma maquete, um projecto. Falta o importante... Isso mesmo o dinheiro!

O que dispomos é de uma sala, designada de Salão Paroquial, que funciona ao mesmo tempo como uma espécie de museu paroquial. De facto, graças ao interesse demonstrado pelo nosso pároco, e ao próprio património paroquial, temos uma vasta obra, desde quadros a imagens de santos, ofertas de promessas (que antigamente eram de madeira, em vez da cera de hoje em dia) e ainda material relacionado com a Eucaristia, entre outros.
Por ocasião das festas da paróquia, em Setembro, o Salão é aberto ao público, expondo-se todo o património. Nesta altura também é apresentada uma exposição relacionada com um tema específico. Este ano decidimo-nos pelas vocações que estiveram ao serviço da nossa paróquia, apresentando deste modo toda a obra que os párocos, que foram passando, realizaram por cá. Pretendemos ainda prestar uma homenagem ao pastor que nos orienta há cerca de 32 anos.

Assim, foi necessário proceder à limpeza habitual, ao arrumar de trabalhos, de mesas e cadeiras, para deixar tudo pronto para se montar a exposição. Foi uma tarde passada assim:

Só um comentário crítico.

Ao arrumar as cadeiras foi impressionante a quantidade de pastilhas elásticas que estão coladas. Impressionante mesmo! Mas o que revolta no meio disto é a não uniformização de critérios por parte dos catequistas, ao proibirem as crianças de entrar na sua sala com pastilha.

Este ano, tendo à minha responsabilidade o 1º ano, tentei incutir-lhes esta mesma regra. Assim, durante o acolhimento que fazíamos à entrada da sala era colocado o caixote do lixo. No início custou um pouco, mas ao fim de algum tempo já não era preciso dizer nada, pois muitas das vezes eram eles próprios que o procuravam para deitar fora a pastilha ou o rebuçado. A interiorização das regras por parte das crianças é dos aspectos mais importantes quando se inicia a caminhada catequética. Se não aprenderem desde o início, dificilmente poderão comportar-se devidamente e estar atentos.

Mas a educação também deve vir de casa, dos seus pais. E com certeza que na sua casa não utilizam o bengaleiro (depósito de guarda-chuvas) como balde de lixo...