Caminhando ao Encontro

Caminhando ao Encontro

domingo, setembro 30, 2007

Início do Ano Catequético 2007/2008

Ontem iniciou-se mais um ano!
O tempo não convidou à participação, mas mesmo assim a igreja estava cheia de crianças e de alguns pais.
Desculpem-me aproveitar para desabafar aqui, mas na verdade fiquei desiludida pela Celebração em si. Esperava algo diferente, mais vivida. Mas a verdade é que foi pobre, muito pobre. Todos os anos lutamos, criticamos, queremos algo diferente, mas no final...
Estamos no início, não posso, não devo, nem sequer quero começar com o pé esquerdo. O grupo de catequistas tem os seus problemas, a falta de unidade é um deles, mas tenho confiança que este ano as coisas poderão correr melhor. Assim espero, assim peço nas minhas orações...

Chamaste-me, Senhor,
nesta etapa da história,
para continuar a tarefa de
anunciar o Reino que começou o
teu Filho Jesus.
Com os profetas quero gritar:
Senhor, não sou mais que uma
criança que não sabe falar...

Com Maria, quero rezar:
Aqui estou. Faça-se segundo a
tua vontade.
Tu, Senhor, conheces toda a
minha vida: as minhas dúvidas e
fragilidades, os meus passos
vacilantes e a minha confiança
em ti.
Não posso ter pretensões...

Apenas quero que a minha vida
esteja ao serviço do Evangelho,
para que o teu Nome seja
conhecido e louvado por todos.

Senhor, põe calor nas minhas
palavras, coerência em toda a
minha vida, para que os meus
gestos e palavras, interroguem a
quem procura, dêem vida nova aos
corações empedernidos, animem
os passos de quem vacila, dêem
vida à comunidade.

Mantém-me numa atitude de
escuta e de diálogo contigo,
para que sejas tu a fonte primeira
da minha sabedoria e experiência
de fé.

Amén

sexta-feira, setembro 28, 2007

Um ano de caminhada!!!

Parece que ainda foi ontem, mas já passou um ano!

Neste ano de caminhada fui partilhando o pouco que sei, aprendendo com aqueles que por aqui passaram. E assim este espaço cresceu...

Hoje o dia é de festa. Festa de aniversário, o seu primeiro, e festa por ser também hoje a 100ª postagem.

A todos quantos aqui passam, deixando ou não a sua marca, agradeço do fundo do meu coração. Na verdade é com surpresa, e alegria, que olho para o contador e verifico que por este espaço já passaram mais de 16 000 visitantes. Quando iniciei este cantinho nunca pensei que a receptividade fosse assim. A todos muito obrigada.

Neste dia que é de festa, peço também ao Senhor que me ajude a dar continuidade a este trabalho que reflecte a minha actividade de Catequista, de transmissora de Fé. Que o Espírito Santo fortaleça todos quantos por aqui passam e os ilumine na descoberta da sua vocação de catequistas.

domingo, setembro 23, 2007

Preparação do ano de catequese

A ideia da criação de um blog sobre a catequese surgiu após conhecer o blog da Marta, Catequiso, Logo...Existo!. Rico pela vivência, pela partilha de experiências, pela fé transmitida, foi sem dúvida nenhuma, o ânimo que precisei para dar vida a este espaço. Hoje, infelizmente, a Marta já não "posta", pelas razões que a mesma aponta no seu espaço. Tenho pena, mas ao mesmo tempo estou satisfeita por ela ter deixado este espaço activo, o que me permitiu "roubar" algumas ideias para implementar neste ano que está a iniciar.

Como já referi em posts anteriores, uma das principais dificuldades com que a catequese na minha paróquia se depara é o espaço. A sala principal, onde a maior parte dos grupos funciona, não é mais do que o salão paroquial onde funciona o museu, que apenas é aberto ao público por altura das festas cá da terra.

Durante o ano de catequese, as peças expostas encontram-se ocultas, mas mesmo assim, o espaço é reduzido, em especial para a realização dos trabalhos de grupo ou individuais. A solução? Os meninos ajoelham-se e o tampo da cadeira serve de mesa de apoio (ajoelham-se numa alcatifa). Infelizmente é o espaço que temos, enquanto não há dinheiro para fazer o tão desejado centro paroquial.

Mas este ano, seguindo uma sugestão do blog da Marta, resolvi transformar um pouco a sala (dentro daquilo que me é possível), criando 3 espaços distintos:

Cantinho da Oração - uma mesa ocupa um dos cantos da sala, adornada com uma toalha branca, com a bíblia, um círio, uma imagem de Nossa Senhora e uma jarra de flores (tentaremos fazer com que sejam as crianças a trazer as flores para a catequese).

Mural da Liturgia - neste placard será indicado, semanalmente, a cor dos parâmentos do sacerdote e uma frase-chave de uma das leituras do Domingo. Ainda pensei na construção de um calendário litúrgico ou a adaptação de um, em tamanho grande, para que as crianças, aos poucos se apercebam do nosso caminho ao longo do ano, das diferentes partes em que se divide.

Cantinho da Brincadeira - logo na entrada da sala estará uma mesa onde cada criança colocará os casacos, bonés, bolsas e outras coisas que às vezes trazem para os seus encontros e se tornam motivos de distracção.

Estas foram algumas das propostas que apresentei aos catequistas, na reunião de preparação para o início do ano de catequese. Tão importante como a mensagem que se transmite, o espaço onde se transmite também deve ser bem pensado, não com muitas decorações, mas com imagens que os cativem e lhes chamem a atenção e os ajudem a recordar mais tarde. Estas são apenas algumas ideias, mas todos podemos partilhar, por isso aqui fica o convite a quem passa, para que deixe também a sua sugestão.

Ah! A caminhada é retomada no próximo Sábado... Já estou com saudades dos meus pequenitos...

sábado, setembro 15, 2007

Jornada Diocesana de Catequese

Tenho estado um pouco ausente, eu sei. Não tenho escrito o que desejava, não tenho visitado os espaços amigos, apesar das visitas que tenho recebido e que agradeço, sinceramente. Desculpem, mas não é com intenção.

A par de uma actividade que gosto de realizar, a Catequese, existe a minha profissão que me preenche, sou professora.

Esta minha ausência resulta do trabalho que tenho tido neste início de ano e que não me permite dedicar mais tempo a este espaço. Dizem que o que custa é mesmo o início, por isso espero que "ao entrar no ritmo" a escrita neste espaço volte a ser frequente.

Mas hoje o dia foi diferente e queria partilhar convosco. Na minha diocese hoje decorreu um dia de Jornada de Catequese sob o tema "Renovar a Catequese: uma prioridade". Os ateliers ficaram a cargo do grupo de Salesianos do Porto e posso-vos dizer que foi muito produtivo e gratificante.

Distribuidos por 4 ateliers, ao longo do dia, aprendemos algumas dinâmicas a utilizar na Catequese, a valorizar o momento da Expressão de Fé e a compreender melhor os nossos meninos (Infância e Adolescência).

Trancrever tudo o que decorreu durante o dia de hoje não seria possível, mas acreditem que todos saímos de lá mais ricos, com um novo ânimo para este início de ano. É certo que o facto de terem sido publicados os novos catecismos para o 1º, 7º 8º e 10º anos de catequese são, também, factores de motivação, que esperemos, com a graça do Espírito Santo, ajudem a manter viva a vontade de trabalhar na vinha do Senhor.

O início do ano está à porta. Na minha paróquia ocorrerá no dia 29. Mas por agora aproveito para vos deixar alguns desafios que nos foram lançados no encontro de hoje, para que eles vos ajudem a reflectir e preparar da melhor maneira mais um ano de catequese.

Alguns desafios a ter em conta:
  • começar bem a catequese;
  • excessiva pressão dos sacramentos;
  • aumentar o impacto da catequese;
  • superar o cognitivo (às vezes fica-se apenas pelo "saber coisas");
  • mais atenção à vida real;
  • atenção ao estilo cognitivo (interacção criança(catequista, ter em conta a experiência de vida da criança).

" A Catequese é a maternidade da Igreja"

sábado, setembro 01, 2007

Senhora da Ínsua

A cerca de 200 m. da costam mas já em pleno oceano, ergue-se o o Forte da Ínsua, mandado construir por D. João IV entre 1649 - 1652. Por se situar numa zona próxima a Espanha, era guarnecida pelos soldados e artilheiros de Caminha, existindo no seu interior um farol, a capela de Nossa Senhora da Ínsua e outra pequena de Santa Maria Madalena, e as ruínas do antigo convento.




Esta ilha apresenta três maravilhas, sem explicação:

1. existência de uma fonte de água doce (uma das 3 únicas do mundo situados no mar);

2. não se ouve o ruído do mar, dentro da capela, por mais bravo que este se encontre;

3. todo e qualquer bicho nocivo, que chegue à ilha, morre imediatamente (já se fizeram várias experiências com ratos, e o resultado foi sempre o mesmo).



A imagem da Sra. da Ínsua é, desde 1959, convidada especial das Festas de Nossa Senhora da Bonança (que se realizam no 2º fim de semana de Setembro, em Vila Praia de Âncora).


A sua chegada ocorre no primeiro dia (5ª feira), por via marítima, com a realização da Procissão Naval. Do portinho é encaminhada até à Capela de Nossa Senhora da Bonança, onde permanece em lugar de destaque, junto ao altar, até Domingo, dia da Majestosa Procissão.

Os barcos da Vila, todos engalanados, rumam até Caminha (onde a imagem se encontra, devido ao estado de degradação do forte), onde a imagem lhes é entregue, e regressam onde uma multidão os aguarda. Por vezes o tempo e o mar não permitem que a viagem se faça por mar, mas nada se compara à Sua chegada via marítima.

Contam os antigos que, há alguns anos, muitos eram aqueles que se iam despedir da imagem, na 2ª feira, junto ao comboio, acenando lenços brancos. Hoje, a tradição já não se mantém...

Ao forte da Ínsua apenas se pode aceder por barco. Contudo, um fenómeno que não se consegue explicar, permite que, de 50 em 50 anos, aproximadamente, o povo possa aceder à ilha a pé enxuto, devido à descida das águas. A última vez ocorreu em Abril/Maio de 2001 e muitos foram os que aproveitaram para visitar o forte.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Top da Catequese

No passado mês de Março, um missionário visitou a nossa paróquia. Participou na Eucaristia, falou aos grupos de catequese da Adolescência e realizou um encontro para os catequistas. Nesse encontro foi-nos apresentado o Top mais e o Top menos da Catequese, que aqui quero partilhar.

Os cinco mais da catequese hoje, em Portugal:

1. O entusiasmo dos catequistas
2. “Para que vivam e tenham vida” (o documento dos bispos do ano passado).
3. A fé e o empenho (apesar de tudo) dos catequizandos.
4. As boas experiências que se vão fazendo de ponte entre a catequese, liturgia e oração
5. Uns tantos responsáveis diocesanos e nacionais da catequese.

Os cinco menos da catequese:

1. A catequese sem entusiasmo suportada a troco de acesso a sacramentos sem fé.
2. Os catecismos que temos e os que (ainda) não temos.
3. A atitude auto-suficiente de quem não precisa de formação e que (julga) saber tudo e se recusa a pensar. E a mudar.
4. Os “contratos” mafiosos entre a catequese, pais e crianças.
5. A indecente forretice de algumas paróquias que não olham ao futuro e que votam a catequese ao desmazelo.


Deixo aqui um desafio!

Concordam com este Top?

Sugerem outros aspectos?

Partilhem a vossa opinião.

quinta-feira, agosto 16, 2007

Quem é o dono do teu tempo?

Queixamo-nos muitas vezes da falta de tempo, que o tempo não estica, muitas vezes como desculpa para nos afastarmos de Deus.

Este pequeno teste ajudar-te-á a fazer uma leitura da forma como vives e organizas o teu tempo, afim de reajustares a distribuição que dele fazes, de acordo com a tua consciência.

Procura ser honesto contigo mesmo...


1. Sentes que o tempo de que dispões é:
a) Teu e tens o direito de o ocupar como bem entendes.
b) Dom de Deus e deves empregá-lo na construção de uma vida frutífera.
c) Dos outros e é gerido de acordo com todas as solicitações que te são feitas.

2. Os teus dias são:
a) Intermináveis.
b) Calmos.
c) Breves.

3. Quando tens uma tarefa para cumprir, a tua tendência é:
a) Esquecer tudo o resto, até estar concluída,
b) Realizá-la atempadamente, conciliando-a com a tua rotina habitual.
c) Adiar a sua concretização, até ao limite.

4. Habitualmente, estás com a tua família:
a) Raramente, porque tens outras prioridades e sabes quee ela está sempre lá.
b) O tempo suficiente para viveres em comunhão, sem perderes a tua privacidade.
c) Sempre, porque não és capaz de estar longe dela.

5. Quando um amigo te convida para um encontro:
a) Normalmente, não podes e respondes que "hás-de encontrar um dia".
b) Mesmo com a agenda ocupada, encontras um tempo e marcas um dia.
c) Se tiveres outro compromisso, não és capaz de o dizer, ele pode não te voltar a convidar.

6. No que diz respeito aos teus tempos livres:
a) Eles são intocáveis e tens de ter tempo para as tuas actividades, custe o que custar.
b) Procuras reservar algumas horas paor semana para descomprimir e cultivar os teus interesses.
c) Não tens tempos livres e, por isso, não te dás ao luxo de ter hobbies.

7. Para ti, os tempos de oração são:
a) Importantes, mas só lhes dás espali quando sentes necessidade.
b) Fundamentais e acontecem diariamente, independentemente da tua disposição.
c) Um rotina da qual nada nem ninguém te pode desviar.

8. Visitas o Santíssimo Sacramento:
a) Raramente, porque tens muitas outras coisas para fazer.
b) Com frequência, pois, para ti, estar com Deus é fundamental.
c) Quando sentes uma necessidade pontual.

9. Lês a Sagrada Escritura:
a) Apenas quando precisas que Deus te diga alguma coisa.
b) Normalmente, porque nela encontras um diálogo sábio entre Deus e o Homem.
c) Nunca: as leituras da Eucaristia são suficientes para a conheceres.

10. Participas na Eucaristia:
a) Quando precisas do auxílio de Deus para a tua vida.
b) Sempre, porque ela é o centro da vivência da tua fé.
c) Só quando te apetece, poruqe nem sempre a vives com autenticidade.

11. Quando estás muito ocupado(a):
a) Usas o tempo que normalmente reservas para a vivência da fé para o ocupares com tarefas mais urgentes.
b) Preservas os teus tempos de oração, porque a tua relação com Deus assenta na fidelidade.
c) Deixas a oração para segundo plano, mas procuras dedicar-lhe sempre um tempinho.

12. Em tempo de férias:
a) Esqueces a relação que tens com Deus, porque tens de descansar.
b) Aproveitas para fortalecer e alimentar a tua fé, porque estás mais disponível.
c) Não participas na Eucaristia, porque não estás na tua paróquia.


Confere agora as tuas respostas.

Até 35 pontos


O dono do teu tempo é o teu egoísmo. Tendes a ocupar-te apenas com o que mais te convém, não te restando muita disponibilidade para a tua relação com os outros e com Deus. Geres o teu tempo em função dos teus próprios interesses. Tens um longo caminho a percorrer até gastares o teu tempo com liberdade. Deves questionar as motivações que orientam a tua vida.

Entre 36 e 75 pontos


O teu tempo tem vários donos: orienta-lo em função dos outros e, de vez em quando, em função de Deus. Contudo, cedes muitas vezes à tentação de gerir o tempo consoante a tua própria conveniência individual. Tens a noção de que o teu tempo é mais saboroso se não for orientado apenas em teu próprio proveito, mas tens dificuldades em aplicar aquilo que crês aos teus dias. Planificar o tempo e estabelecer compromissos podem ser duas atitudes que te vão ajudar!

A partir de 76 pontos


Sabes bem que o tempo de que desfrutas não é teu, mas d'Aquele que to ofereceu como uma dávida! Fazes muito bem a distinção entre o que é essencial e o que é secundário e entendes claramente que Deus não é uma espécie de ocupação que te faz perder tempo, mas é o Senhor dele, quete desafia a colocares o teu tempo ao serviço dos outros, sempre por referência a Ele. Sabes que "há um tempo para tudo" e que Deus é Aquele que dá sentido ao teu próprio tempo. Estás no bom caminho.



In A Mensagem, Julho-Agosto 2007(Adapt.)

sábado, agosto 11, 2007

De férias com Deus II

Também nós catequistas entramos de férias!

Sabe bem, uma vez que ao longo do ano dedicamos muito a este trabalho, a par das nossas outras responsabilidades, familiares e profissionais.

Mas para nós, que tanto responsabilidade assumimos no compromisso de levar a Palavra de Deus aos mais pequenos, é ainda mais importante aproveitar este tempo de férias, para reflectir sobre o modo como apresentamos o nosso testemunho.

Cada vez é mais importante não nos importarmos com discursos bonitos, mas que não passam de palavras e sim mostrar com a nossa forma de vida, com um testemunho vivo a Palavra de Deus, o exemplo de Cristo, a pessoa que foi, a mensagem que nos legou.

Aproveitemos então para nos aproximarmos mais de Deus, durante estas férias. Aqui ficam algumas dicas que poderão ser usadas, quer por catequistas quer por outros que pretendam aproveitar estas férias para procurar a paz que só Ele nos pode dar.
  • Oração - num contacto mais com a natureza aproveitemos para incrementar a oração, seja no campo, à beira-mar ou junto ao rio. E podemos orar de diferentes modos: recitando um salmo ou um texto bíblico, lendo um livro bíblico ou um livro de espiritualidade, recitando a Liturgia das horas, escrevendo a reflexão que uma leitura da Bíblia nos sugere, escolhendo um pensamento para meditar...


  • Eucaristia - participar numa Eucaristia fora da nossa localidade, fora da paróquia, num local onde não temos qualquer responsabilidade no desempenho de qualquer ministério litúrgico;


  • Retiro espiritual - porque temos mais tempo, porque estamos mais descontraídos...


  • Formação - porque é necessário que o catequista se actualize, melhore a sua forma de ser cristão;


  • Passeios/Visitas - a locais que possam ser portadores de novas descobertas no que concerne à vivência da fé;

  • Oração comunitária - realizar uma oração partilhada, com a família, com amigos, com outros catequistas, através da leitura partilhada de um texto bíblico ou de um livro;

  • Convívio - porque o trabalho não é feito (ou pelo menos não o deve ser) de modo individual, mas sim numa partilha de ideias, de experiências. Fica pois a sugestão (já seguida em muitas paróquias) de realizar um convívio entre catequistas ou até mesmo entre paroquianos...


Adaptado de "Só em Deus repousa a minha alma"

in A Mensagem, Julho-Agosto 2006

terça-feira, agosto 07, 2007

De férias com Deus I

A maior parte de nós está de férias, as tão merecidas férias. Depois de um ano de stress, de sacrifícios, de muito trabalho.

Alguns partem para fora do país, outros para fora da sua localidade. Muitos buscam novas paisagens, outros refugiam-se no local habitual, seja no campo ou na praia.

"Os tempos livres sejam bem empregados, para descanso do espírito e saúde da alma e do corpo, ora com actividades e estudos livremente escolhidos, ora com viagens a outras regiões (turismo), com as quais se educa o espírito e os homens se enriquecem com o conhecimento mútuo, ora também com exercícios e manifestações desporitvas, que contribuem para manter o equilíbrio psíquico."

Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo actual - GS 61

E que lugar ocupa Deus nas nossa férias?

Em muitos locais verifica-se uma diminuição na frequência da Eucaristia, em parte justificada pela deslocação de algumas pessoas. Mas nem sempre essa justificação é válida. Vivo numa localidade balnear onde se verifica que as crianças durante o Verão não participam na Eucaristia, e no entanto estão na praia...


Por outro lado, a igreja fica repleta de pessoas desconhecidas, veraneantes que procuram o alimento espiritual. E isso é bom...

E não venham com desculpas relacionadas com falta de tempo, porque não passa disso mesmo, uma desculpa. Se dermos 1 hora por semana a Deus, estaremos a perder assim tanto?

Não será fácil encaixar, no nosso horário de férias, uma hora para Lhe dedicarmos?
Para estarmos mais próximos?
Para O ouvir melhor?
Para Lhe agradecermos o ano que passou?
Para Lhe pedir o apoio necessário quando voltarmos ao trabalho?
Para O louvar?


O Senhor é meu pastor: nada me falta.

Em verdes prados me faz descansar

e conduz-me às águas refrescantes.

Salmo 22


quinta-feira, agosto 02, 2007

Férias e Limpezas

Sim, férias também pode significar limpeza.

Poderia estar a falar numa limpeza espiritual, daquelas em que parámos, fazemos uma verdadeira introspecção, verificamos o quanto estamos a responder ao apelo de Cristo, a vivermos como verdadeiros cristãos. As férias até são um bom momento para o fazermos. Estamos mais livres, mas descontraídos, sem as pressões profissionais, enfim, estamos de férias!

Mas a limpeza a que me quero referir hoje, não é deste tipo. É uma limpeza material!

Férias na Catequese significa que temos de proceder a limpezas, em especial da sala que ao longo do ano ocupamos.
Infelizmente na minha paróquia não temos um Centro Paroquial. Está pensado, temos inclusivé uma maquete, um projecto. Falta o importante... Isso mesmo o dinheiro!

O que dispomos é de uma sala, designada de Salão Paroquial, que funciona ao mesmo tempo como uma espécie de museu paroquial. De facto, graças ao interesse demonstrado pelo nosso pároco, e ao próprio património paroquial, temos uma vasta obra, desde quadros a imagens de santos, ofertas de promessas (que antigamente eram de madeira, em vez da cera de hoje em dia) e ainda material relacionado com a Eucaristia, entre outros.
Por ocasião das festas da paróquia, em Setembro, o Salão é aberto ao público, expondo-se todo o património. Nesta altura também é apresentada uma exposição relacionada com um tema específico. Este ano decidimo-nos pelas vocações que estiveram ao serviço da nossa paróquia, apresentando deste modo toda a obra que os párocos, que foram passando, realizaram por cá. Pretendemos ainda prestar uma homenagem ao pastor que nos orienta há cerca de 32 anos.

Assim, foi necessário proceder à limpeza habitual, ao arrumar de trabalhos, de mesas e cadeiras, para deixar tudo pronto para se montar a exposição. Foi uma tarde passada assim:

Só um comentário crítico.

Ao arrumar as cadeiras foi impressionante a quantidade de pastilhas elásticas que estão coladas. Impressionante mesmo! Mas o que revolta no meio disto é a não uniformização de critérios por parte dos catequistas, ao proibirem as crianças de entrar na sua sala com pastilha.

Este ano, tendo à minha responsabilidade o 1º ano, tentei incutir-lhes esta mesma regra. Assim, durante o acolhimento que fazíamos à entrada da sala era colocado o caixote do lixo. No início custou um pouco, mas ao fim de algum tempo já não era preciso dizer nada, pois muitas das vezes eram eles próprios que o procuravam para deitar fora a pastilha ou o rebuçado. A interiorização das regras por parte das crianças é dos aspectos mais importantes quando se inicia a caminhada catequética. Se não aprenderem desde o início, dificilmente poderão comportar-se devidamente e estar atentos.

Mas a educação também deve vir de casa, dos seus pais. E com certeza que na sua casa não utilizam o bengaleiro (depósito de guarda-chuvas) como balde de lixo...

sexta-feira, julho 27, 2007

Avaliar-me como catequista

Por vezes não chega avaliar a catequese. Também o nosso desempenho deve ser alvo de reflexão, sem contudo cairmos no erro de nos julgarmos melhores ou perfeitos. Afinal, cada um tem um ou outro aspecto que pode melhorar, tem um ou outro ponto em que trabalha melhor e pode (e deve) partilhar, ajudar.

  • Eu e Deus

    -Dedicas ao longo dos dias algum tempo a Deus na oração?
    - Quando é que te é mais difícil rezar?
    - A comunidade paroquial, o grupo dos catequistas ajudam-te a rezar? Quais os problemas?
    - Quais destas experiências de oração te ajudam a rezar melhor?

    · Escuta da Palavra de Deus
    · Meditação
    · Oração espontânea de agradecimento ou de perdão
    · Rezar com os salmos
    · Oração organizada com o grupo de catequistas
    · Eucaristia

    - Qual foi mais difícil para ti?
    - Qual a mais útil para te ajudar a crescer como cristão?
    - Quais os modos de oração mais úteis para educar os catequizandos à oração?

  • Eu e os catequistas

    - Entre todos os momentos que viveste com os outros catequistas, quais os que foram mais fáceis, quais os mais difíceis e quais os que te enriqueceram mais?
    - O que mais aprecias nos outros catequistas?

    · A capacidade de atrair os catequizandos
    · A simplicidade
    · A calma
    · A constância
    · A alegria constante
    · A maturidade espiritual

    - Entre estas atitudes, quais as que mais te desagradam?

    · A inveja
    · A atitude de superioridade
    · A desconfiança
    · Estar sempre a lamentar-se de tudo e de todos
    · O mau exemplo

    - Sentes-te capaz de ir falar directamente com um catequista acerca das suas atitudes que achas incorrectas; ou preferes calar-te?
    - Sentes a necessidade de viver, juntamente com os outros catequistas, experiências de formação espiritual, cultural e catequética?

  • Eu e os catequizandos

    - Quais as atitudes mais comuns quando estás com os catequizandos?

    · Escuta
    · Apoio
    · Disponibilidade
    · Ajuda
    · Diálogo
    Ou…
    · Impaciência
    · Cansaço
    · Confronto
    · Imposição

    - O que aprendeste este ano ao fazer catequese?
    - Os catequizandos “pedem” muitas coisas ao amigo mais velho (=catequista) que os acolhe, que reza com eles, que canta, que prepara as festas, que os anima… Quais as coisas que te deu mais prazer fazer com eles e quais as que te foram mais custosas?
    - A catequese vai continuar em Setembro. Pensas estar disponível? Em que medida?

  • Eu e eu

    - Porque optaste por fazer catequese?

    · Porque os meus amigos também lá estão
    · Porque gosto de crianças
    · Porque o pároco me pediu
    · Porque tenho muito tempo livre
    · Porque me sinto chamado a anunciar o Evangelho
    · Para fazer novas amizades
    · Para me sentir realizado(a)
    · Para me dar de forma gratuita
    · Porque sei que deixa a minha família contente

    - Sentes-te apoiado pela comunidade cristã?
    - Qual destas expressões é mais acertada?

    · Sou catequista porque os catequizandos precisam de mim
    · Preciso de anunciar, testemunhar, dizer que creio em Deus

    - O ser catequista fez amadurecer a tua experiência de fé?
    - Quais as descobertas, positivas e negativas, que fizeste na tua personalidade e no teu carácter?


  • Adaptado de “catequistas”, nº 10, Junho de 2005, Edições Salesianas

segunda-feira, julho 23, 2007

Avaliar a Catequese

O Ano de Catequese chegou ao fim.
É sempre bom parar e avaliar o trabalho que foi feito. Há sempre aspectos a melhorar no caminho que estamos a percorrer. Partimos de um ponto, traçamos metas, definimos objectivos. Caminhamos!

Os tópicos que aqui apresento servem para isso mesmo, para avaliar o caminho que se percorreu (e não propriamente as actividades).

Espero que de alguma maneira possa ser útil ao vosso trabalho.

1. Programação
1.1. Fiz a programação da catequese?
1.2. Participo nas reuniões da minha fase de catequese/grupo de catequistas?

2. Catequese
2.1. Preparo com a devida antecedência a sessão de catequese?
2.2. Preocupo-me em ser pontual fazendo um esforço por não chegar atrasado à catequese?
2.3. Durante a sessão de catequese tenho o cuidado de respeitar os cinco momentos (acolhimento, experiência humana, anúncio da Palavra, expressão de fé, avaliação)?
2.4. Faço um esforço por procurar e usar metodologia adequada a cada sessão de catequese?
2.5. Durante a sessão de catequese promovo a participação de todos os membros do grupo?
2.6. Procuro fazer regularmente referência às figuras espiritualmente fortes da minha paróquia (padroeiro local, santos ligados a algum movimento…)?
2.7. Penso que as crianças percebem a mensagem de cada sessão da catequese e atingem os objectivos propostos?
2.8. Promovo momentos de oração para as crianças do meu grupo de catequese?
2.9. Avalio semanalmente a sessão da catequese?
2.10. Promovo o contacto com os pais das crianças?
2.11. Reconheço a importância e esforço-me por fazer acompanhamento pessoal das crianças? 2.12. Incentivo a participação das crianças na Eucaristia?

3. Sacramentos / Oração

3.1. Cultivo a minha vida espiritual fazendo oração pessoal e comunitária?
3.2. Assisto à Eucaristia dominical da minha comunidade?
3.3. Dou importância ao sacramento da Reconciliação?

4. Formação
4.1. Invisto na minha formação pessoal participando nas sessões de formação locais e/ou nacionais?
4.2. Tento estar atento e ler os documentos que vão sendo produzidos pela Igreja?

5. Relacionamento Interpessoal
5.1. Tento estabelecer comunicação (por exemplo, dando sugestões) com os diferentes sectores paroquiais (liturgia, formação, cultura, acção social, vocações,…)?
5.2. Esforço-me por trabalhar em equipa com os outros catequistas?

6. Actividades Paroquiais
6.1. Participo noutras actividades da paróquia para além da catequese?
6.2. Incentivo e promovo a participação das crianças noutras actividades da paróquia, para além da catequese?
6.3. Participo nas actividades de âmbito diocesano ou nacional ligadas à catequese?

Adaptado de “catequistas”, nº 10, Junho de 2005, Edições Salesianas

segunda-feira, julho 16, 2007

Festa Jubilar

A paróquia está em festa. Desde Sábado até hoje, vivemos a alegria, partilhamos da felicidade do nosso pároco. Afinal, não é todos os dias que temos o privilégio de conviver com um pastor que festeja as boas de ouro sacerdotais e 75 anos de idade. Para além disso, está prestes a comemorar 32 anos de permanência nesta paróquia.
Ao longo destes anos acredito que a caminhada não tenha sido fácil. Obstáculos apareceram, alguns difíceis de contornar, outros que constituíram (e ainda são) pedras no sapato. Mas a fé, a vivência e o seu Amor a Maria são exemplo de um homem que sempre se preocupou com os seus. Como cada um de nós também tem os seus defeitos, mas as suas virtudes, as suas qualidades, os seus actos falam por si. A sua obra está evidente por toda a paróquia, onde sempre se preocupou por preservar um pouco da nossa história, restaurando algumas das nossas riquezas culturais.
Ontem foi dia de festa. A paróquia reuniu-se em força para celebrar as datas festivas. A família também esteve presente, bem como os seus 3 irmãos padres, e os amigos não faltaram à Eucaristia e ao almoço convívio. Também as entidades do concelho estiveram presentes na homenagem. Porque há pessoas que o merecem e o nosso pároco é um deles!


A todos quantos por aqui passam tenho um pedido a fazer. Nas vossas orações peçam por este pastor, que ele continue a desenvolver o seu bom trabalho, com a mesma fé e o mesmo vigor. Peçam também por todos aqueles que ainda não ouviram a voz do Senhor para irem trabalhar na sua messe. Peçamos todos por mais vocações, numa época em que se sentem tanto a sua falta.

sábado, julho 14, 2007

7 Maravilhas

A convite da Malu, aqui estou a enumerar as minhas 7 Maravilhas.

A Vida

uma estrada que percorremos, onde por vezes o piso é bom e outras nos leva a desistir. Mas é bom saber que na Vida não caminhamos sozinhos...

A minha Família

que me apoia, mas à qual por vezes não me dedico como deveria.


A minha Fé

que me ajuda a enfrentar o caminho, embora por vezes a ponha em dúvida. Mas Ele está atento e a Sua Mão me ampara e o Seu Colo me recebe nos momentos de fragilidade.

A Amizade

tesouro valioso, que devemos perseverar, pois os verdadeiros amigos acompanham-nos nos bons e nos maus momentos, sempre disponíveis com o seu ombro...

A minha profissão

à qual me dedico, de corpo e alma, porque realmente amo aquilo que faço.

A Catequese

à qual dedico muitos dos meus dias, em prol de uma Mensagem que se pretende transmitir e vivenciar.
O meu blog

pois neste espaço partilho a minha caminhada, a minha Fé, a minha entrega a Deus.

A Alegria

pela vida recebida, pela minha família, por ter encontrado o meu caminho, por o conseguir percorrer com os meus amigos ao lado, pelo trabalho que desenvolvo ao longo dos dias.


O desafio fica aqui lançado, a ti que estás a ler... Responde, quais são as tuas Maravilhas?

domingo, julho 08, 2007

O lugar de Deus no mundo

"Sabes o que é que me mete mais medo, nos dias de hoje?
"O sentimento de omnipotência que se está a propagar. O homem está convencido de que pode fazer tudo porque vive num mundo artificial, construído pelas suas próprias mãos, que julga dominar totalmente. Mas quem, como eu, cultiva as árvores, as plantas, sabe que não é assim. É certo que, para garantir a regularidade do fornecimento hídrico, posso construir um sofisticadíssimo sistema de irrigação, mas, se não chover durante dias, meses, anos, a certa altura, a seca abrirá gretas na terra, as plantas morrerão e, a par das plantas, os animais. não podemos fabricar água, percebes, tal como não podemos fabricar oxigénio. Portanto, estamos dependentes de qualquer coisa que não está nas nossas mãos: se o mar extravasa, varre-nos; se surgem os gafanhotos, devoram a colheita e os rebentos das árvores, tal como fizeram no tempo do faraó."
in Escuta a minha voz, Susanna Tamaro


Face a isto, qual será o lugar de Deus na vida do Homem?

quinta-feira, julho 05, 2007

Amor - um desafio

O convite foi lançado pelos blogs amigos Deus em Tudo e Sempre e Conhecer e seguir Jesus, falar sobre o Amor.

Dos sentimentos mais nobres do ser humano, o Amor é também um sentimento que muitas vezes é banalizado ou mesmo maltratado. De facto, enquanto cristãos, devemos ter consciência que o Amor é a base da nossa fé, o expoente máximo da mensagem, da herança que Jesus nos deixou – “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gal 5,14).

Mas em vez de ser eu a falar em Amor, resolvi deixar aqui uma história que me tocou pela forma como apresenta o verdadeiro significado do Amor.

O regresso do soldado


"Esta história é de um soldado que regressava a casa, após a terrível guerra do Vietname.
Ligou para os seus pais, em São Francisco da Califórnia, e disse-lhes:
- Mãe, Pai, em breve regressarei a casa, mas antes quero pedir-lhes um favor:
- Claro meu filho, pede o que quiseres!...
- Eu tenho um amigo que eu gostaria de levar comigo.
- Claro meu filho, nós gostaríamos de o conhecer!
- Entretanto, há uma coisa que vocês precisam saber, ele foi terrivelmente ferido na última batalha. Pisou uma mina e perdeu um braço e uma perna. O pior é que não tem nenhum lugar para onde ir. Por isso, eu queria que ele viesse morar connosco.
- Filho, sinto muito em ouvir isso, nós talvez possamos ajudá-lo a encontrar um lugar onde possa morar e viver tranquilamente!
- Não, mãe e pai, eu quero que ele vá morar connosco!
- Filho, - disse o pai – não sabes o que nos estás a pedir!... Alguém com tanta dificuldade, seria um grande fardo para nós. Temos as nossas próprias vidas e não podemos abdicar do nosso modo de viver. Acho que deverias voltar para casa e esquecer esse rapaz. Ele encontrará maneira de viver por si mesmo!...
Naquele momento, o filho desligou o telefone. Os pais não ouviram mais nenhuma palavra dele. Alguns dias depois, receberam um telefonema da polícia de São Francisco da Califórnia. O filho deles tinha morrido depois de ter caído de um prédio. A polícia admitia ter sido um suicídio. Os pais angistiados voaram para São Frnacisco e foram levados para a morgue, a fim de identificar o corpo do filho. Reconheceram-no mas, nem queriam acreditar!... Para sua maior dor, descobriram que o seu filho tinha apenas um braço e uma perna!...
in Cruzada, Junho 2007

Quantas vezes nós olhamos para os outros, para o seu aspecto, para o seu estatuto? Quantas vezes somos como estes pais?
O verdadeiro Amor vai mais além, mais do que o aspecto exterior, mais do que um estatuto. O Amor não olha a condições, mas à pessoa, aquilo que ela é verdadeiramente. O verdadeiro Amor vence toda e qualquer barreira, é incondicional e vive no coração de cada um de nós!
E como se trata de um desafio, para não quebrar a regra, lanço-o a outros blogs amigos, para também eles falarem sobre o Amor:

segunda-feira, julho 02, 2007

Encerramento do ano de catequese

Já cá estou de volta!

O stress do trabalho abrandou um pouco, embora ainda haja muito que fazer nas próximas semanas.
Finalmente arranjei um tempinho para vir aqui contar o encerramento da catequese, e confesso que já tinha saudades de por aqui passar, de ler os vossos comentários, de fazer as visitas aos amigos. Isto dos blogs pode ser algo viciante, não acham?

Então vamos lá pôr os assuntos em dia!!!!

A catequese cá na paróquia encerrou no dia 17 de Junho.

Os catequistas são pessoas voluntárias, que cedem parte do seu tempo a Jesus e à Sua Mensagem, e às vezes vêem-se em dificuldades para conciliar este trabalho com a profissão e com a família. De um modo geral estávamos todos um pouco aflitos, com a falta de tempo e com as obrigações profissionais, por isso optamos por fazer um encerramento de catequese mais simples - a manhã de Domingo.

A ideia foi concentrar as crianças e adolescentes da catequese no adro da Igreja Matriz (muito amplo e óptimo para actividades). Durante cerca de uma hora realizamos vários jogos que entusiasmaram os presentes (embora o número de crianças tenha sido pequeno).

No final da brincadeira houve direito a bolos e sumos e ainda tempo para se ensaiar os cânticos da Eucaristia.

Ao longo da manhã as crianças foram aparecendo e na hora da Eucaristia já estava um número considerável do meu grupinho. No ofertório cada grupo apresentou uma oferta que representou o trabalho desenvolvido ao longo do ano. No meu caso apresentamos o Cartaz com a oração do Pai-Nosso, por ter sido essa a nossa grande festa.

A Igreja estava cheia, crianças e seus familiares. A Eucaristia foi-lhes dirigida, embora os mais pequenos tivessem tido mais dificuldade de se concentrarem. Afinal, andaram a manhã toda a brincar...

Na semana a seguir, dia 23 de Junho, realizou-se a Festa da Confirmação, numa paróquia vizinha. Participaram cerca de 73 jovens de todo o arciprestado, dos quais 29 da nossa paróquia que frequentavam o 10º ano.

Cerimónia simples, mas muito bonita, com palavras do nosso Bispo dirigidas aos jovens que ali professaram a sua Fé e ali receberam os Dons do Espírito Santo.

À medida que escrevo estas linhas penso neles e peço a Jesus e Maria para os acompanharem nesta nova etapa das suas vidas. Que o Espírito Santo os guie na sua caminhada!

Agora vêm as férias!

Pois, o problema é mesmo esse - férias de catequese significa, na maior parte dos casos, férias de missa. Infelizmente, durante o Verão poucas são as crianças que participam na Eucaristia. A culpa em grande parte é dos pais, que não assumem esta responsabilidade e nós acabamos por nos sentirmos de mãos atadas por não conseguirmos mudar esta atitude.

E assim terminou mais um ano de catequese. Com altos e baixos, com dificuldades e alegrias. É tempo agora de balanço, é tempo de ir preparando o próximo. É isso que nos propomos fazer - melhorar o que não correu como desejado, inovar, se possível.

Embora este blog tenha nascido para contar a caminhada de um grupo de catequese, ele não entrará de férias, apesar do grupo estar. Pelo contrário, aproveitará para continuar a trabalhar, a reflectir, a discutir ideias, a dar sugestões e a recebê-las!

domingo, junho 24, 2007

Volto já...

Sim, é uma pausa breve, mas necessária, por motivos profissionais.
Voltarei assim que estiver mais disponível para vos contar o encerramento de mais um ano de catequese e para ir preparando o próximo.
Há por aí uns desafios a responder e uns amigos a visitar - não estão esquecidos!

domingo, junho 10, 2007

Tesouros no Céu

Tesouros no Céu foi o episódio que assistimos, mais uma vez, da série que a televisão passava há alguns anos atrás, sobre histórias da Bíblia em desenhos animados.
Atento, muito atento, esteve o grupo enquanto via Jesus a curar o cego, a receber as crianças, a ensinar Zaqueu sobre o modo como poderia para acumular tesouros no céu.
"Deixai vir a mim as criancinhas" - disse Jesus e assim demonstrou o seu imenso amor por elas. Deveria estar cansado nessa altura, horas e horas a ensinar e proclamar a Palavra do Pai a todos aqueles que O procuravam, mas mesmo assim não se recusou. Chamou-as e acolheu-as em seu colo. Logo no início do ano este foi um dos temas da catequese, para mostrar ao grupo a razão de o seu catecismo ter como título "Jesus gosta de mim".
Depois a cura do cego, aquele homem que, apesar da sua limitação, não desistiu, não perdeu a sua fé e lutou por se aproximar de Jesus, pois acreditava que Ele o poderia curar, como realmente o fez.
Ao longo de todo o episódio, Zaqueu. Homem pequenino de tamanho, mas grande na arrogância e na ganância de ter mais e muito mais. O que o comoveu? A cura do cego, mas ainda mais a fé daquele homem que não desistiu de se aproximar de Jesus. O que o converteu? Descobrir que o ouro, a riqueza, os bens materiais nada se comparam com a alegria de dar, de ser amigo, de fazer o bem a quem precisa, e por isso deu metade da riqueza aos mais necessitados e devolveu a quadriplicar aquilo que tinha roubado.
Por converter ficou o jovem rico, aquele que cumpria os mandamentos - que não matava nem furtava, que não levantava falsos testemunhos, que honrava pai e mãe, que amava o irmão como a si próprio. Mas que vivia em função dos bens materiais, da riqueza. É mais fácil um camelo passar no buraco de uma agulha do que certos entrarem no reino dos céus. Mas a história deste jovem não focará por aqui...

Algumas pessoas levam estas palavras demasiado à letra. Ninguém é criminoso por ser rico, por ter riqueza, a qual tem origem no fruto do seu trabalho. O que importa é não sermos tão dependentes dos bens materiais, não vivermos em função da ganância, do querer sempre mais. Na hora de partir que levamos nós na bagagem? Todo o ouro, toda a riqueza ficam para trás, e somente os tesouros acumulados no céu serão tidos em conta.

Que tesouros temos nós acumulado ao longo da vida?

sexta-feira, junho 08, 2007

Festa da Profissão de Fé

Ontem, aqui na paróquia, realizou-se a Festa da Profissão de Fé.
Por hábito esta festa realiza-se sempre neste dia, dado o seu significado, que assim assume uma maior destaque, embora em algumas excepções se tenha realizado em épocas diferentes.
Foi uma festa repleta de muita alegria, muita vivência e muita fé, 28 crianças do 6º ano professaram a sua fé.
Este ano a Igreja tinha uma disposição diferente. Um semi-círculo em frente do altar o que permitiu uma maior proximidade entre o grupo e o senhor padre, uma maior atenção e ao mesmo comunição. É uma festa que não distingue ricos nem pobres. A roupa que envergam é igual para todos - uma túnica branca, tanto para rapazes como raparigas.
A ladear o altar estavam os Mandamentos da Lei de Deus, recordando a entrega destes a Moisés, e ao mesmo tempo a caminhada que este grupo realizou, em especial nestes dois últimos anos.
A festa ficou ainda mais rica com a realização do baptizado do irmão de uma das crianças do grupo. Ao mesmo tempo que professavam a sua fé, recordavam o momento em que os seus pais e padrinhos o fizeram em seu nome.
Quase no final, a entrega da flor a Maria, e ainda ao Sagrado Coração de Jesus, construindo, com a sua disposição, um M de rosas brancas e um coração de rosas vermelhas, respectivamente.
Todas as crianças participaram de forma activa, nas diversas tarefas - leituras, ofertório, acção de graças. Na acção de graças, uma oração permitiu a reflexão sobre os mandamentos, através da construção da frase: "Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei!". Que melhor resumo dos ensinamentos que Jesus nos transmitiu.
Também os pais participaram, entregando a vela acesa aos seus filhos e rezando uma oração, onde agradeciam a caminhada realizada pelos seus filhos e pedindo apoio para continuarem.
Como lembrança as crianças receberam um diploma, com a história do santo do dia de nascimento de cada um.
Foi uma festa bonita, um trabalho árduo de 6 anos. Não sabemos quantos irão continuar a sua caminhada. Este é sempre um problema. Depois desta festa, poucos são os que continuam. Outros são os apelos que os chamam e muitas vezes a catequese fica em segundo plano. Mas a verdade é que a semente está lá, disso não há dúvida e os poucos que desejarem continuar terão o apoio merecido para prosseguirem o seu caminho!