1. Amarás o Senhor teu Deus, acima de todas as coisas! E, pela sua graça, amarás as crianças, os adolescentes e os jovens, que te foram confiados. Amá-los-ás acima do teu saber, acima do teu poder, acima do qualquer mérito ou classificação. Porque educar é amar. E sem amor, não há relação; sem amor, não há conhecimento possível e verdadeiro.
2. Não invocarás em vão o nome dos teus catequizandos! Quando chamares pelo nome de cada catequizando, saberás que cada um deles é um mistério sagrado, uma personalidade única, original e irrepetível. Conhecê-los-ás, na sua singularidade e na sua circunstância, para os amares, de modo único! Esta é a tua primeira graça e a tua primeira missão!
3. Guardarás o tempo sagrado do intervalo e do descanso, para escutares os teus catequizandos, para viveres e conviveres com eles, porque nem só de “encontros” de catequese vive o catequizando; lembra-te que ele aprenderá a ser Homem, mais por transmissão e contágio da tua alegria e dos teus valores, do que por ensino doutrinal. Não renuncies a transmitir-lhes uma autêntica sabedoria de vida!
4. Honrarás os pais dos catequizandos e nunca te substituirás a eles; sabendo que são sempre eles os primeiros educadores. Tu ficarás feliz, por seres colaborado na missão educativa dos pais, partilhando, em primeiro lugar, com eles e como eles, as suas dores e alegrias, sofrimentos e esperanças.
5. Não matarás nunca os teus catequizandos com palavras ou gestos ofensivos, com abusos de poder ou discursos de desencanto ou sinais de desesperança. Não causarás dano ao seu corpo e à sua alma ainda tão frágeis! Saberás cultivar nos teus catequizandos, o gosto e a responsabilidade pela beleza da vida!
6. Guardarás sempre a pureza no tom e no conteúdo das tuas palavras, na nobreza e largueza dos teus gestos. Esforçar-te-ás por usares uma linguagem compreensível e manteres sempre um rosto acolhedor.
7. Não defraudarás as esperanças dos teus catequizandos, nem lhes furtarás a confiança no futuro! Procurarás conciliar a justiça e o rigor, a compreensão e a amor, na avaliação integral e global dos teus catequizandos.
8. Não faltarás à verdade, iludindo os teus catequizandos, com promessas de facilidade; não faltarás à verdade, por falta de esforço na reflexão, por medo, comodismo ou falsa simpatia com os catequizandos. Saberás que só a verdade liberta e não temerás propô-la, mesmo correndo o risco de não teres quem a escute de imediato.
9. Não consentirás em qualquer pensamento ou desejo de vingança, de exploração ou de injustiça. Darás o benefício da dúvida, pensarás sempre o melhor dos teus catequizandos e desejarás para eles o que desejas àqueles que mais amas.
10. Saberás educar para a diferença, sem cederes à indiferença e ao relativismo, procurando, em conjunto com os teus catequizandos, a luz da sabedoria, o conhecimento da verdade e a beleza do amor!
(Texto adaptado de Pe. Amaro Gonçalo,
in Mensagem (Janeiro/Fevereiro 2007)