Sim, férias também pode significar limpeza.
Poderia estar a falar numa limpeza espiritual, daquelas em que parámos, fazemos uma verdadeira introspecção, verificamos o quanto estamos a responder ao apelo de Cristo, a vivermos como verdadeiros cristãos. As férias até são um bom momento para o fazermos. Estamos mais livres, mas descontraídos, sem as pressões profissionais, enfim, estamos de férias!
Mas a limpeza a que me quero referir hoje, não é deste tipo. É uma limpeza material!
Férias na Catequese significa que temos de proceder a limpezas, em especial da sala que ao longo do ano ocupamos.
Infelizmente na minha paróquia não temos um Centro Paroquial. Está pensado, temos inclusivé uma maquete, um projecto. Falta o importante... Isso mesmo o dinheiro!
O que dispomos é de uma sala, designada de Salão Paroquial, que funciona ao mesmo tempo como uma espécie de museu paroquial. De facto, graças ao interesse demonstrado pelo nosso pároco, e ao próprio património paroquial, temos uma vasta obra, desde quadros a imagens de santos, ofertas de promessas (que antigamente eram de madeira, em vez da cera de hoje em dia) e ainda material relacionado com a Eucaristia, entre outros.
Por ocasião das festas da paróquia, em Setembro, o Salão é aberto ao público, expondo-se todo o património. Nesta altura também é apresentada uma exposição relacionada com um tema específico. Este ano decidimo-nos pelas vocações que estiveram ao serviço da nossa paróquia, apresentando deste modo toda a obra que os párocos, que foram passando, realizaram por cá. Pretendemos ainda prestar uma homenagem ao pastor que nos orienta há cerca de 32 anos.
Assim, foi necessário proceder à limpeza habitual, ao arrumar de trabalhos, de mesas e cadeiras, para deixar tudo pronto para se montar a exposição. Foi uma tarde passada assim:
Só um comentário crítico.
Ao arrumar as cadeiras foi impressionante a quantidade de pastilhas elásticas que estão coladas. Impressionante mesmo! Mas o que revolta no meio disto é a não uniformização de critérios por parte dos catequistas, ao proibirem as crianças de entrar na sua sala com pastilha.
Este ano, tendo à minha responsabilidade o 1º ano, tentei incutir-lhes esta mesma regra. Assim, durante o acolhimento que fazíamos à entrada da sala era colocado o caixote do lixo. No início custou um pouco, mas ao fim de algum tempo já não era preciso dizer nada, pois muitas das vezes eram eles próprios que o procuravam para deitar fora a pastilha ou o rebuçado. A interiorização das regras por parte das crianças é dos aspectos mais importantes quando se inicia a caminhada catequética. Se não aprenderem desde o início, dificilmente poderão comportar-se devidamente e estar atentos.
Mas a educação também deve vir de casa, dos seus pais. E com certeza que na sua casa não utilizam o bengaleiro (depósito de guarda-chuvas) como balde de lixo...