A semana que antecedeu o grande dia foi de muito trabalho. Afinal, todos os dias, depois das aulas (17h30), encontravamo-nos na Igreja Matriz para ensaiar, para cantar, para se preparararem, durante cerca de 1 hora (às vezes mais, pois o seu comportamento nem sempre ajudou).
E finalmente chegou o dia que todos ansiavam!
A cerimónia foi linda, muito sentida. As crianças estiveram atentas, os pais não desviaram o olhar dos seus filhos. Afinal, iriam receber Jesus pela primeira vez.
Tudo decorreu de forma natural, bem melhor do que nos ensaios. As suas vozes alegraram a Eucaristia, participando no Ofertório Solene e na leitura de algumas orações (Acção de Graças e Consagração a Nossa Senhora).
Um dos momentos mais especiais foi a surpresa às mães. Depois da oferta das flores a Nossa Senhora, e de lida uma Prece por todas as mães, as crianças voltaram-se para as suas mães e cantaram-lhes uma canção. O resultado: as mães todas emocionadas (e todos quantos assistiam também!).
A festa foi especial, pelo seu significado. E apesar de nos encontros de catequese termos explicado o verdadeiro significado da Eucaristia e da Comunhão, os próximos encontros servirão para aprofundar e reflectir o significado deste grande dia. É importante que eles se consciencializem que a Comunhão é o Alimento que cada um necessita para a sua vida, daí a importância da participação na Eucaristia Dominical. Mas isso, é também, responsabilidade dos próprios pais, que às vezes não é devidamente cumprida.
As lembranças que ofereceram à mãe
(continha a Prece no Dia das Mães que duas crianças leram)
E porque quisemos que este dia fosse recordado entregamos a cada criança (para além das ofertas do Senhor Padre que incluiam o diploma, santinhos e um livro de orações) este saquinho bordado com um cálice e as uvas, símbolo da Eucaristia.
PS. Permitam-me que ao terminar este post deixe o meu desabafo. Não sei se o deveria fazer, afinal, ser catequista é dar-se totalmente, numa entrega que não nos traz fama e muito menos riqueza. Bem pelo contrário, são sacríficios que se fazem e muitas vezes até despesas. Mas sou catequista por amor a Jesus e a estas crianças às quais já me afeiçoei (já são 2 anos de caminhada) e quem me conhece sabe bem que não procuro evidenciar-me em festas, nem faço as coisas para mostrar aos outros.
Na preparação da festa, tanto eu, como a S., tentamos pôr as crianças em primeiro lugar e tudo aquilo que foi feito foi devidamente explicado a todos, para que cada um soubesse o verdadeiro significado. Mas no fim de tanto trabalho não pude deixar de ficar triste por não ter recebido uma palavra, um agradecimento... Foram 42 crianças! 42 crianças! E apenas 6 pais vieram ter connosco a felicitar-nos...
Eu sei que não preparamos a festa a pensar nos pais, e sim nas crianças, mas acho que lhes ficava bem... E uma palavra de apreço é sempre um incentivo a continuarmos, não?!