Caminhando ao Encontro

Caminhando ao Encontro

sexta-feira, julho 27, 2007

Avaliar-me como catequista

Por vezes não chega avaliar a catequese. Também o nosso desempenho deve ser alvo de reflexão, sem contudo cairmos no erro de nos julgarmos melhores ou perfeitos. Afinal, cada um tem um ou outro aspecto que pode melhorar, tem um ou outro ponto em que trabalha melhor e pode (e deve) partilhar, ajudar.

  • Eu e Deus

    -Dedicas ao longo dos dias algum tempo a Deus na oração?
    - Quando é que te é mais difícil rezar?
    - A comunidade paroquial, o grupo dos catequistas ajudam-te a rezar? Quais os problemas?
    - Quais destas experiências de oração te ajudam a rezar melhor?

    · Escuta da Palavra de Deus
    · Meditação
    · Oração espontânea de agradecimento ou de perdão
    · Rezar com os salmos
    · Oração organizada com o grupo de catequistas
    · Eucaristia

    - Qual foi mais difícil para ti?
    - Qual a mais útil para te ajudar a crescer como cristão?
    - Quais os modos de oração mais úteis para educar os catequizandos à oração?

  • Eu e os catequistas

    - Entre todos os momentos que viveste com os outros catequistas, quais os que foram mais fáceis, quais os mais difíceis e quais os que te enriqueceram mais?
    - O que mais aprecias nos outros catequistas?

    · A capacidade de atrair os catequizandos
    · A simplicidade
    · A calma
    · A constância
    · A alegria constante
    · A maturidade espiritual

    - Entre estas atitudes, quais as que mais te desagradam?

    · A inveja
    · A atitude de superioridade
    · A desconfiança
    · Estar sempre a lamentar-se de tudo e de todos
    · O mau exemplo

    - Sentes-te capaz de ir falar directamente com um catequista acerca das suas atitudes que achas incorrectas; ou preferes calar-te?
    - Sentes a necessidade de viver, juntamente com os outros catequistas, experiências de formação espiritual, cultural e catequética?

  • Eu e os catequizandos

    - Quais as atitudes mais comuns quando estás com os catequizandos?

    · Escuta
    · Apoio
    · Disponibilidade
    · Ajuda
    · Diálogo
    Ou…
    · Impaciência
    · Cansaço
    · Confronto
    · Imposição

    - O que aprendeste este ano ao fazer catequese?
    - Os catequizandos “pedem” muitas coisas ao amigo mais velho (=catequista) que os acolhe, que reza com eles, que canta, que prepara as festas, que os anima… Quais as coisas que te deu mais prazer fazer com eles e quais as que te foram mais custosas?
    - A catequese vai continuar em Setembro. Pensas estar disponível? Em que medida?

  • Eu e eu

    - Porque optaste por fazer catequese?

    · Porque os meus amigos também lá estão
    · Porque gosto de crianças
    · Porque o pároco me pediu
    · Porque tenho muito tempo livre
    · Porque me sinto chamado a anunciar o Evangelho
    · Para fazer novas amizades
    · Para me sentir realizado(a)
    · Para me dar de forma gratuita
    · Porque sei que deixa a minha família contente

    - Sentes-te apoiado pela comunidade cristã?
    - Qual destas expressões é mais acertada?

    · Sou catequista porque os catequizandos precisam de mim
    · Preciso de anunciar, testemunhar, dizer que creio em Deus

    - O ser catequista fez amadurecer a tua experiência de fé?
    - Quais as descobertas, positivas e negativas, que fizeste na tua personalidade e no teu carácter?


  • Adaptado de “catequistas”, nº 10, Junho de 2005, Edições Salesianas

segunda-feira, julho 23, 2007

Avaliar a Catequese

O Ano de Catequese chegou ao fim.
É sempre bom parar e avaliar o trabalho que foi feito. Há sempre aspectos a melhorar no caminho que estamos a percorrer. Partimos de um ponto, traçamos metas, definimos objectivos. Caminhamos!

Os tópicos que aqui apresento servem para isso mesmo, para avaliar o caminho que se percorreu (e não propriamente as actividades).

Espero que de alguma maneira possa ser útil ao vosso trabalho.

1. Programação
1.1. Fiz a programação da catequese?
1.2. Participo nas reuniões da minha fase de catequese/grupo de catequistas?

2. Catequese
2.1. Preparo com a devida antecedência a sessão de catequese?
2.2. Preocupo-me em ser pontual fazendo um esforço por não chegar atrasado à catequese?
2.3. Durante a sessão de catequese tenho o cuidado de respeitar os cinco momentos (acolhimento, experiência humana, anúncio da Palavra, expressão de fé, avaliação)?
2.4. Faço um esforço por procurar e usar metodologia adequada a cada sessão de catequese?
2.5. Durante a sessão de catequese promovo a participação de todos os membros do grupo?
2.6. Procuro fazer regularmente referência às figuras espiritualmente fortes da minha paróquia (padroeiro local, santos ligados a algum movimento…)?
2.7. Penso que as crianças percebem a mensagem de cada sessão da catequese e atingem os objectivos propostos?
2.8. Promovo momentos de oração para as crianças do meu grupo de catequese?
2.9. Avalio semanalmente a sessão da catequese?
2.10. Promovo o contacto com os pais das crianças?
2.11. Reconheço a importância e esforço-me por fazer acompanhamento pessoal das crianças? 2.12. Incentivo a participação das crianças na Eucaristia?

3. Sacramentos / Oração

3.1. Cultivo a minha vida espiritual fazendo oração pessoal e comunitária?
3.2. Assisto à Eucaristia dominical da minha comunidade?
3.3. Dou importância ao sacramento da Reconciliação?

4. Formação
4.1. Invisto na minha formação pessoal participando nas sessões de formação locais e/ou nacionais?
4.2. Tento estar atento e ler os documentos que vão sendo produzidos pela Igreja?

5. Relacionamento Interpessoal
5.1. Tento estabelecer comunicação (por exemplo, dando sugestões) com os diferentes sectores paroquiais (liturgia, formação, cultura, acção social, vocações,…)?
5.2. Esforço-me por trabalhar em equipa com os outros catequistas?

6. Actividades Paroquiais
6.1. Participo noutras actividades da paróquia para além da catequese?
6.2. Incentivo e promovo a participação das crianças noutras actividades da paróquia, para além da catequese?
6.3. Participo nas actividades de âmbito diocesano ou nacional ligadas à catequese?

Adaptado de “catequistas”, nº 10, Junho de 2005, Edições Salesianas

segunda-feira, julho 16, 2007

Festa Jubilar

A paróquia está em festa. Desde Sábado até hoje, vivemos a alegria, partilhamos da felicidade do nosso pároco. Afinal, não é todos os dias que temos o privilégio de conviver com um pastor que festeja as boas de ouro sacerdotais e 75 anos de idade. Para além disso, está prestes a comemorar 32 anos de permanência nesta paróquia.
Ao longo destes anos acredito que a caminhada não tenha sido fácil. Obstáculos apareceram, alguns difíceis de contornar, outros que constituíram (e ainda são) pedras no sapato. Mas a fé, a vivência e o seu Amor a Maria são exemplo de um homem que sempre se preocupou com os seus. Como cada um de nós também tem os seus defeitos, mas as suas virtudes, as suas qualidades, os seus actos falam por si. A sua obra está evidente por toda a paróquia, onde sempre se preocupou por preservar um pouco da nossa história, restaurando algumas das nossas riquezas culturais.
Ontem foi dia de festa. A paróquia reuniu-se em força para celebrar as datas festivas. A família também esteve presente, bem como os seus 3 irmãos padres, e os amigos não faltaram à Eucaristia e ao almoço convívio. Também as entidades do concelho estiveram presentes na homenagem. Porque há pessoas que o merecem e o nosso pároco é um deles!


A todos quantos por aqui passam tenho um pedido a fazer. Nas vossas orações peçam por este pastor, que ele continue a desenvolver o seu bom trabalho, com a mesma fé e o mesmo vigor. Peçam também por todos aqueles que ainda não ouviram a voz do Senhor para irem trabalhar na sua messe. Peçamos todos por mais vocações, numa época em que se sentem tanto a sua falta.

sábado, julho 14, 2007

7 Maravilhas

A convite da Malu, aqui estou a enumerar as minhas 7 Maravilhas.

A Vida

uma estrada que percorremos, onde por vezes o piso é bom e outras nos leva a desistir. Mas é bom saber que na Vida não caminhamos sozinhos...

A minha Família

que me apoia, mas à qual por vezes não me dedico como deveria.


A minha Fé

que me ajuda a enfrentar o caminho, embora por vezes a ponha em dúvida. Mas Ele está atento e a Sua Mão me ampara e o Seu Colo me recebe nos momentos de fragilidade.

A Amizade

tesouro valioso, que devemos perseverar, pois os verdadeiros amigos acompanham-nos nos bons e nos maus momentos, sempre disponíveis com o seu ombro...

A minha profissão

à qual me dedico, de corpo e alma, porque realmente amo aquilo que faço.

A Catequese

à qual dedico muitos dos meus dias, em prol de uma Mensagem que se pretende transmitir e vivenciar.
O meu blog

pois neste espaço partilho a minha caminhada, a minha Fé, a minha entrega a Deus.

A Alegria

pela vida recebida, pela minha família, por ter encontrado o meu caminho, por o conseguir percorrer com os meus amigos ao lado, pelo trabalho que desenvolvo ao longo dos dias.


O desafio fica aqui lançado, a ti que estás a ler... Responde, quais são as tuas Maravilhas?

domingo, julho 08, 2007

O lugar de Deus no mundo

"Sabes o que é que me mete mais medo, nos dias de hoje?
"O sentimento de omnipotência que se está a propagar. O homem está convencido de que pode fazer tudo porque vive num mundo artificial, construído pelas suas próprias mãos, que julga dominar totalmente. Mas quem, como eu, cultiva as árvores, as plantas, sabe que não é assim. É certo que, para garantir a regularidade do fornecimento hídrico, posso construir um sofisticadíssimo sistema de irrigação, mas, se não chover durante dias, meses, anos, a certa altura, a seca abrirá gretas na terra, as plantas morrerão e, a par das plantas, os animais. não podemos fabricar água, percebes, tal como não podemos fabricar oxigénio. Portanto, estamos dependentes de qualquer coisa que não está nas nossas mãos: se o mar extravasa, varre-nos; se surgem os gafanhotos, devoram a colheita e os rebentos das árvores, tal como fizeram no tempo do faraó."
in Escuta a minha voz, Susanna Tamaro


Face a isto, qual será o lugar de Deus na vida do Homem?

quinta-feira, julho 05, 2007

Amor - um desafio

O convite foi lançado pelos blogs amigos Deus em Tudo e Sempre e Conhecer e seguir Jesus, falar sobre o Amor.

Dos sentimentos mais nobres do ser humano, o Amor é também um sentimento que muitas vezes é banalizado ou mesmo maltratado. De facto, enquanto cristãos, devemos ter consciência que o Amor é a base da nossa fé, o expoente máximo da mensagem, da herança que Jesus nos deixou – “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gal 5,14).

Mas em vez de ser eu a falar em Amor, resolvi deixar aqui uma história que me tocou pela forma como apresenta o verdadeiro significado do Amor.

O regresso do soldado


"Esta história é de um soldado que regressava a casa, após a terrível guerra do Vietname.
Ligou para os seus pais, em São Francisco da Califórnia, e disse-lhes:
- Mãe, Pai, em breve regressarei a casa, mas antes quero pedir-lhes um favor:
- Claro meu filho, pede o que quiseres!...
- Eu tenho um amigo que eu gostaria de levar comigo.
- Claro meu filho, nós gostaríamos de o conhecer!
- Entretanto, há uma coisa que vocês precisam saber, ele foi terrivelmente ferido na última batalha. Pisou uma mina e perdeu um braço e uma perna. O pior é que não tem nenhum lugar para onde ir. Por isso, eu queria que ele viesse morar connosco.
- Filho, sinto muito em ouvir isso, nós talvez possamos ajudá-lo a encontrar um lugar onde possa morar e viver tranquilamente!
- Não, mãe e pai, eu quero que ele vá morar connosco!
- Filho, - disse o pai – não sabes o que nos estás a pedir!... Alguém com tanta dificuldade, seria um grande fardo para nós. Temos as nossas próprias vidas e não podemos abdicar do nosso modo de viver. Acho que deverias voltar para casa e esquecer esse rapaz. Ele encontrará maneira de viver por si mesmo!...
Naquele momento, o filho desligou o telefone. Os pais não ouviram mais nenhuma palavra dele. Alguns dias depois, receberam um telefonema da polícia de São Francisco da Califórnia. O filho deles tinha morrido depois de ter caído de um prédio. A polícia admitia ter sido um suicídio. Os pais angistiados voaram para São Frnacisco e foram levados para a morgue, a fim de identificar o corpo do filho. Reconheceram-no mas, nem queriam acreditar!... Para sua maior dor, descobriram que o seu filho tinha apenas um braço e uma perna!...
in Cruzada, Junho 2007

Quantas vezes nós olhamos para os outros, para o seu aspecto, para o seu estatuto? Quantas vezes somos como estes pais?
O verdadeiro Amor vai mais além, mais do que o aspecto exterior, mais do que um estatuto. O Amor não olha a condições, mas à pessoa, aquilo que ela é verdadeiramente. O verdadeiro Amor vence toda e qualquer barreira, é incondicional e vive no coração de cada um de nós!
E como se trata de um desafio, para não quebrar a regra, lanço-o a outros blogs amigos, para também eles falarem sobre o Amor:

segunda-feira, julho 02, 2007

Encerramento do ano de catequese

Já cá estou de volta!

O stress do trabalho abrandou um pouco, embora ainda haja muito que fazer nas próximas semanas.
Finalmente arranjei um tempinho para vir aqui contar o encerramento da catequese, e confesso que já tinha saudades de por aqui passar, de ler os vossos comentários, de fazer as visitas aos amigos. Isto dos blogs pode ser algo viciante, não acham?

Então vamos lá pôr os assuntos em dia!!!!

A catequese cá na paróquia encerrou no dia 17 de Junho.

Os catequistas são pessoas voluntárias, que cedem parte do seu tempo a Jesus e à Sua Mensagem, e às vezes vêem-se em dificuldades para conciliar este trabalho com a profissão e com a família. De um modo geral estávamos todos um pouco aflitos, com a falta de tempo e com as obrigações profissionais, por isso optamos por fazer um encerramento de catequese mais simples - a manhã de Domingo.

A ideia foi concentrar as crianças e adolescentes da catequese no adro da Igreja Matriz (muito amplo e óptimo para actividades). Durante cerca de uma hora realizamos vários jogos que entusiasmaram os presentes (embora o número de crianças tenha sido pequeno).

No final da brincadeira houve direito a bolos e sumos e ainda tempo para se ensaiar os cânticos da Eucaristia.

Ao longo da manhã as crianças foram aparecendo e na hora da Eucaristia já estava um número considerável do meu grupinho. No ofertório cada grupo apresentou uma oferta que representou o trabalho desenvolvido ao longo do ano. No meu caso apresentamos o Cartaz com a oração do Pai-Nosso, por ter sido essa a nossa grande festa.

A Igreja estava cheia, crianças e seus familiares. A Eucaristia foi-lhes dirigida, embora os mais pequenos tivessem tido mais dificuldade de se concentrarem. Afinal, andaram a manhã toda a brincar...

Na semana a seguir, dia 23 de Junho, realizou-se a Festa da Confirmação, numa paróquia vizinha. Participaram cerca de 73 jovens de todo o arciprestado, dos quais 29 da nossa paróquia que frequentavam o 10º ano.

Cerimónia simples, mas muito bonita, com palavras do nosso Bispo dirigidas aos jovens que ali professaram a sua Fé e ali receberam os Dons do Espírito Santo.

À medida que escrevo estas linhas penso neles e peço a Jesus e Maria para os acompanharem nesta nova etapa das suas vidas. Que o Espírito Santo os guie na sua caminhada!

Agora vêm as férias!

Pois, o problema é mesmo esse - férias de catequese significa, na maior parte dos casos, férias de missa. Infelizmente, durante o Verão poucas são as crianças que participam na Eucaristia. A culpa em grande parte é dos pais, que não assumem esta responsabilidade e nós acabamos por nos sentirmos de mãos atadas por não conseguirmos mudar esta atitude.

E assim terminou mais um ano de catequese. Com altos e baixos, com dificuldades e alegrias. É tempo agora de balanço, é tempo de ir preparando o próximo. É isso que nos propomos fazer - melhorar o que não correu como desejado, inovar, se possível.

Embora este blog tenha nascido para contar a caminhada de um grupo de catequese, ele não entrará de férias, apesar do grupo estar. Pelo contrário, aproveitará para continuar a trabalhar, a reflectir, a discutir ideias, a dar sugestões e a recebê-las!