Caminhando ao Encontro

Caminhando ao Encontro

sábado, outubro 28, 2006

XXX Domingo do Tempo Comum

EVANGELHO Mc 10, 46-52

«Mestre, que eu veja»

Quantas vezes estamos cegos na vida?
Quantas vezes ficamos de tal modo obcecados pelo consumismo que não vemos Deus nas coisas simples da vida?
Quantas vezes pedimos a Deus para ver mas ao mesmo tempo recusamo-nos a abrir os olhos?
Quantas vezes desistimos perante Deus?
Aquele cego não desistiu, aquele cego teimou pela sua vontade, pela sua Fé. Ele acreditou, ele foi até ao fim. E mesmo depois da graça recebida soube acompanhar Jesus. Não lhe voltou as costas.
E nós?
Sim, nós, onde está a nossa Fé? Onde está a nossa vontade de ver Deus?
Não podemos desistir, não devemos desistir. Mas devemos continuar a acreditar, pois a Fé move montanhas, a Fé é que nos salva!

Catequese 4 - Jesus gosta de mim

Ao contrário do que estava previsto, o encontro de hoje incidiu no tema da catequese 4.
Estavam 33 crianças (e o número não pára de crescer...) e entre elas 3 novas caras.
Cada um foi dizendo aquilo que mais gostava de fazer, reforçando desta maneira aquilo que temos vindo a fazer ao longo do últimos encontros - a ideia de sermos amigos, de formarmos um grupo de amigos.
Contamos então uma história e que silêncio se fez!!! As crianças desta idade gostam de ouvir histórias, o que será uma mais valia para os próximos encontros, para os cativar.
"Jesus estava rodeado por muita gente que o queria escutar.
As mães dos meninos trouxeram os seus filhos a Jesus para que Ele os abençoasse.
Mas os que estavam com Jesus não gostaram e mandaram os meninos afastarem-se, porque não queriam que eles incomodassem o Senhor.
Mandaram, por isso, os meninos embora. Jesus deu conta e disse:
"Deixai vir a Mim as criancinhas"
Toda a gente ficou a saber que Jesus gostava muito dos meninos."
As crianças ficaram então a saber a imensidão do Amor de Jesus por elas, o mesmo Jesus que os convida a vir à catequese (e que ficarão a conhecer melhor no próximo encontro).
Convidadas a mostrar o seu desejo de serem amigos de Jesus, as crianças foram apresentando sugestões - vir à catequese, ter um bom comportamento, ser amigos de todos. Aos poucos, e na sua inocência, própria destas idades, também elas compreendem o que é ser amigo de Jesus.
O trabalho final deste encontro consistiu em desenhar a sua imagem ao lado de uma gravura de Jesus, na qual estava rodeado de crianças.
Hoje o nosso encontro correu muito bem. Aos poucos o grupo já se está a aperceber das regras que regem os nossos encontros e que eles devem ter em conta. O entusiasmo hoje foi tal, crianças e catequistas, que nos excedemos no nosso horário (o que deixou o grupo seguinte imapaciente para entrar na sala). Este é um problema difícil de lidar- a falta de salas onde se possam realizar os nossos encontros, o que limita o tempo para realizar as actividades. O novo Centro Paroquial já está projectado, mas falta algo muito importante.
Que o Espírito Santo nos ilumine!

quinta-feira, outubro 26, 2006

Quem me chama

O tema do próximo encontro de catequese será o chamamento, sermos chamados por Jesus.
Há dias estava a prepará-lo e um parágrafo, da reflexão que sempre antecede a sessão de catequese, chamou-me a atenção. Talvez por ser ainda o rescaldo do Dia Mundial das Missões, talvez porque às vezes achamos que somos nós que controlamos a nossa vida, quando afinal não é bem assim, ele aqui fica, em jeito de reflexão:
"A vocação de catequista não se pode apoiar apenas nos gostos
ou aptidões pessoais, mas sim na missão que lhe é confiada por Jesus Cristo
através da Igreja. Na verdade, podem ser o pároco, os pais ou a sensiblidade
própria a interpelar a opção pelo serviço catequético, mas não se pode esquecer
que subjacente tem de estar o chamamento de Jesus Cristo: "Não fostes vós que Me
escolhestes, fui Eu que vos escolhi e vos nomeei para irdes e dardes fruto, e o
vosso fruto permanecer, de sorte que tudo quanto em Meu nome pedirdes ao Pai,
Ele vo-lo concederá" (Jo 15,16)".
Quando alguém nos chama, quer uma resposta...
AQUI ESTOU, SENHOR!

segunda-feira, outubro 23, 2006

Obrigada Senhor



Obrigada Senhor,
porque ouviste a minha oração.

Obrigada Senhor,
porque atendeste à minha prece.

Eu sei que às vezes não sou uma boa filha. Eu sei que Te tenho posto um pouco de lado na minha vida e que não tenho rezado aquilo que devia. Mas apesar disso, hoje pedi a tua ajuda e Tu não me voltaste as costas.

Obrigada Senhor,
por estares a meu lado na viagem, que Tu bem sabes o quão difícil foi de fazer.

Mas eu também sei que Tu me acompanhaste durante o caminho, Tu me conduziste até ao meu destino, por entre a chuva que teimava em cair e o vento que teimava em soprar, Foste a mão que segurou o volante.

Obrigada Senhor,
por seres Pai, Amigo, Companheiro.

Obrigada Senhor, por não me teres abandonado.

Desculpa-me Senhor pelas vezes em que Te questiono e chego a duvidar de Ti, mas apesar disso continuas a meu lado, mostrando-me oTeu Caminho.
Sê Farol na minha vida!
Meu Senhor e Meu Deus,
eu creio em Vós,
mas aumentai a minha Fé

sábado, outubro 21, 2006

Domingo XXIX do Tempo Comum

EVANGELHO Mc 10, 35-45

«O Filho do homem veio para dar a vida pela redenção de todos»
A nossa sociedade vive sedenta de poder, na conquista permanente de alcançar os lugares mais altos, a melhor posição, sem olhar, na maior parte das vezes, aos meios para atingir os fins.
Desde a infância que lutamos por sermos os primeiros na fila, os primeiros a intervir, ser os primeiros...
Depois o tempo vai passando, e queremos ser os primeiros na escola, os primeiros na turma, os melhores nas classificações.
Já na universidade lutamos pelas melhores médias, pois isso permitirá os melhores empregos.
Enfim, toda a nossa vida se resume a tentarmos ser os melhores.
CHEGA!
Pisamos, desprezamos, voltamos as costas áqueles que têm mais dificuldades, áqueles que necessitam do nosso apoio, da nossa ajuda...
CHEGA!
É tempo de olharmos à nossa volta e ver quem nos rodeia. Deus concedeu-nos os dons que temos para os pôr ao serviço daqueles que mais necessitam: seja na escola, ajudando o colega com mais dificuldade, seja no emprego, auxiliando o nosso colega, seja na família, apoiando em momentos difícieis, seja na Igreja, ao serviço da catequese. Há tantas formas de ajudarmos, tanta ajuda que podemos dispensar a quem mais precisa. De certeza que a recompensa será grande: um abraço, um sorriso, um simples obrigado...
"porque o Filho do homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar a vida pela redenção de todos"
Sejamos também nós missionários nas nossas paróquias, neste Dia Mundial das Missões.
Partilhemos os nossos dons, o nosso tempo com aqueles que mais precisam.
"(...) o amor que Deus nutre por cada pessoa constitui o coração da experiência e do anúncio do Evangelho e, por sua vez, quantos o acolhem tornam-se suas testemunhas. O amor de Deus, que dá vida ao mundo, é o amor que nos foi concedido em Jesus, Palavra de salvação, ícone perfeito da misericórdia do Pai celeste."
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O LXXX DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL

Catequese 2 - Tenho mais amigos

É engraçado como todos os Sábados temos uma cara nova no nosso grupo. Por outro lado, alguns elementos já começam a faltar (e o tempo até estava agradável). Hoje estavam 29 crianças.
Começamos por falar dos nossos amigos, por os identificar, tanto aqueles com quem eles brincam, ou aqueles que com eles frequentam a catequese e a escola. E todos conseguiram compreender que é pelo nome que nós nos identificamos.
Foi aí que entrou o nosso grande Amigo - Jesus, a quem cantamos o cântico da semana passada "Eu tenho um amigo que me Ama". O grupo gostou tanto deste cântico que o repetiu 2 vezes (e até confessaram que o cantaram em casa com os pais). Como é bom quando o encontro de catequese se prolonga em casa, com os pais. Também eles devem perceber a importância que têm na formação das crianças. Afinal, não é possível que as catequistas, com apenas uma hora semanal, consigam realizar o trabalho completo. A colaboração dos pais é preciosa.
Levar as crianças a compreender que Jesus é um amigo, com quem se pode conversar e até dizer os nossos segredos, não é difícil. No entanto, elas perceberem que Jesus também nos fala, bom isso é mais complicado: "Eu falo muitas vezes com Jesus mas não ouço Ele a responder-me", dizia-me hoje um dos meus meninos. A idade não é fácil, mas lá tentamos (eu e a S.) explicar-lhes que quando Jesus nos fala devemos escutá-lo com o coração e em silêncio, e que ao longo deste ano iremos aprender como escutar Jesus da melhor maneira.
A tarefa destinada para a catequese de hoje também foi do agrado deles - pintar uma flor para oferecer a Jesus (e que foi colocada por cada um deles numa cartolina, à volta de uma gravura com o rosto de Jesus). No final a M. exclamou: "Até Jesus ficou contente. Olha para o sorriso d´Ele".
Como não podia deixar de ser, e porque penso que é importante ajudar as crinaças a perceber a importância da oração, terminamos o nosso encontro de catequese com uma simples oração, que aqui também fica em jeito de conclusão:
"Ó Jesus Tu és o nosso melhor amigo!"

segunda-feira, outubro 16, 2006

Re-Encontro

Hoje encontrei a MJ. Fiquei feliz, já não a via há muito tempo, há muito tempo mesmo, embora vivamos na mesma terra.
A MJ pertenceu ao meu primeiro grupo de catequese, o primeiro a ficar à minha responsabilidade. Este grupo foi ( e é ainda) um grupo especial - foram 10 anos de convívio e de aprendizagem, de caminhada, uma longa caminhada que terminou com o Sacramento da Confirmação de 36 adolescentes. Deste grupo, nem todos resistiram na longa caminhada, alguns foram ficando pelo caminho, mas alguns deixaram-me um sentimento de nostalgia e de saber que, da melhor maneira que soube, com a graça do Espírito Santo, se aproximaram mais de Jesus.
Acho que ela também ficou contente por me ver, pelo menos a sua reacção assim o demonstrou. Está crescida, um pouco mais crescida que eu (o que no meu caso também não é dificil) e já frequenta o 12º ano!!! Realmente o relógio da vida parece andar mais depressa que o relógio do meu pulso. A criança que eu recebi, timidamente, é hoje uma jovem com um pé na universidade.
Fico feliz por ela, fico feliz por mim.
Este ano é um ano de viragem! Espero conseguir fazer com este grupo que recebi o mesmo que fiz com aquele grupo. Eu sei que o Espírito Santo me ajudará nesta tarefa.
A caminhada já começou...

sábado, outubro 14, 2006

Domingo XXVIII do Tempo Comum

EVANGELHO Mc 10, 17-30
«Vende o que tens e segue-Me»

Alcançar o reino dos céus é o desejo de todo o Homem, qualquer que seja o credo que professa, o Deus em que acredita, desde os tempos mais remotos.
No caso de nós cristãos é a tarefa que nos é apresentada como a mais difícil de realizar devido à sua exigência - deixarmos tudo o que temos e seguirmos Jesus.
A vida que a sociedade nos dá é repleta de ofertas agradáveis aos olhos, ás quais nos apegamos e sobre as quais temos a ideia de que não poderemos sobreviver sem elas. Mas na realidade não passam de coisas materiais, sem a mínima importância mas que para nós se tornam imprescindíveis. Realmente aquele homem cumpria os mandamentos, não matava, não roubava, não cometia adultério, enfim... Mas quando se pede para largar tudo, bom, aí fica tudo mais difícil. A crescente falta de vocações está inerente à falta de capacidade que temos de nos desapegar das coisas materiais, largar tudo para seguir Jesus, numa entrega total de diponibilidade e de serviço aos outros.

Mas Jesus disse "Aos homens é impossível, mas não a Deus,porque a Deus tudo é possível". Com a oração podemos aprender a seguir Jesus como ele nos pede, não podemos é deixar-nos vencer pelo materialismo. Que a oração esteja presente em cada dia da nossa vida!


Vinde Espírito Santo
Enchei os corações dos Vossos fiéis
E acendei neles o fogo do Vosso amor
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado
E renovareis a face da terra

Catequese 1 - Já vou à Catequese

O dia hoje estava magnífico: o sol brilhava, o céu estava azul forte e o ambiente quente.
Hoje foi o nosso segundo encontro. À hora marcada lá estavam as crianças, numa alegria imensa e uma enorme boa disposição.
Lá fomos entrando, alguns mais atrasados mas em pouco tempo o grupo compô-se - 27 crianças, embora tenha notado a ausência de 2 e a entrada de 4 caras novas.
Os primeiros encontros do 1º ano de catequese são extremamente simples pois servem para que a criança se integra nesté novo grupo.
O encontro consistiu em identificar os elementos do grupo que já conheciamos e aqueles que hoje conhecemos pela primeira vez, continuação da actividade da semana passada na qual elaboramos um cartaz com os nomes do elementos do grupo. Hoje colocamos o nome dos que faltavam e ainda o nome do Amigo especial que iremos conhecer ao longo do ano - Jesus.
Hoje estive sozinha com o grupo. Não foi fácil a tarefa. As crianças de 6 anos têm uma grande dificuldade de se concentrarem por um largo período de tempo e hoje foi dificil conterem o riso. Como podem entender as crianças que devem estar atentas ao que se passa na catequese? Claro que entendem que a catequista fica triste quando eles não se portam bem, e que até o nosso amigo Jesus fica triste por ver que o comportamento não é nada bonito. Mas nas suas pequeninas cabeças já existe a ideia de um Jesus castigador - "quando Jesus está zangado faz trovoada". Há muito trabalho para ser feito neste grupo e a verdade é que já há muito tempo que não tenho sob minha responsabilidade o grupo do 1º ano. Digamos que já estou um pouco desabituada, mas acredito que a força do Espírito Santo não me desamparará.

Senhor, não posso! Não vou conseguir!
Deus responde-nos: "Filho, podes fazer tudo" (Filipenses 4:13)


Eu não tenho talento suficiente.
Deus responde-nos: "Eu te dou sabedoria" (I Corintios 1:30)

Adaptado de A Capela

sexta-feira, outubro 13, 2006

A Mensagem de Fátima

Podem ter passado 89 anos, mas a Mensagem de Fátima continua actual!!!


«Eu sou a Senhora do Rosário. Continuem sempre a rezar o terço todos os dias».


«É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados».


«Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido».

quinta-feira, outubro 12, 2006

A tua ausência

Não se pode dizer que sentimos saudade de alguém que nunca conhecemos. Mas podemos sentir a sua falta, a sua ausência provocada pelo destino que nos conduz, a mão de Deus.
As ausências não são fáceis de aceitar e muito menos suportar, e mesmo depois de tantos anos não é fácil conformarmo-nos, com a falta de um abraço, de um carinho, com a tua falta.
Eu sei que não tive a graça de te ter a meu lado fisicamente, nem tu a de me conheceres pessoalmente, mas acredito, ou não fosse a Fé o fruto do amor, que estiveste sempre a meu lado apoiando-me nos momentos mais difíceis e sorrindo nos momentos de felicidade. E acredito que estarás, até ao momento em que pudermos estar juntos, no Reino de Deus.
Obrigada por teres contribuído com a tua semente para a germinação desta planta.
Nunca deixes de olhar por ela!

Jesus disse: Pega na tua cruz. Não é uma coisa de que se vá à procura em locais longínquos. Mais tarde ou mais cedo o Senhor entrega-nos uma cruz e a nossa função é reconhecê-la. Para cada um de nós há acontecimentos que fazem diferença. Não há duas pessoas que experimentem a mesma alegria ou a mesma tristeza. Pode ser o encontro com um(a) amigo(a), com um(a) namorado (a) ou um(a) inimigo(a). Pode ter sido uma doença ou uma vitória. Tentamos ver a vida através dos olhos da fé, com a confiança de que Deus, na Sua Providência, pode tirar o Bem dos mais terríveis e indesejados acontecimentos bem como dos momentos de alegria. Não é que tenhamos as respostas todas mas temos as suficientes para apoiar a nossa fé e o nosso amor. A Fé é o fruto do amor, isto é, da escuridão. Baseia-se na fidelidade de Deus.
in Lugar Sagrado

domingo, outubro 08, 2006

Hoje, apenas hoje!

  • Hei-de viver pensando apenas no dia de hoje, sem querer resolver de uma só vez todos os problemas da minha vida.

  • Hoje, apenas hoje, hei-de ter o máximo cuidado na minha convivência: afável nas maneiras, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar ou corrigir alguém à força, mas só a mim mesmo.

  • Hoje, apenas hoje, hei-de ser feliz na certeza de que fui criado para a felicidade, não só no outro mundo, mas também neste.

  • Hoje, apenas hoje, adaptar-me-ei às circunstâncias, sem pretender que todas elas se adaptem aos meus desejos.

  • Hoje, apenas hoje, hei-de dedicar dez minutos a uma boa leitura. Assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, assim a boa leitura é necessária para a vida do espírito.

  • Hoje, apenas hoje, farei uma boa acção e não a contarei a ninguém.

  • Hoje, apenas hoje, fareu ao menos uma coisa que me custe; e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.

  • Hoje, apenas hoje, executarei um programa pormenorizado. Talvez não o cumpra totalmente, mas ao menos hei-de propô-lo. E fugirei de dois males: a pressa e a indecisão.

  • Hoje, apenas hoje, acreditarei firmemente - embora as circunstâncias aparentem o contrário - que Deus Se ocupa de mim como se não existisse mais ninguém no Mundo.

  • Hoje, apenas hoje, não terei qualquer medo. De modo especial não terei medo de apreciar o que é belo e de crer na bondade.


Posso praticar o bem durante 12 horas. O que me desanimaria era pensar que o deveria praticar durante toda a vida.

João XXIII, in Cruzada (Outubro 2006)

Reunião de Catequistas I

O grupo de Catequistas da minha paróquia sempre foi um pouco extenso, atendendo que também é uma paróquia com muitas crianças. As quezílias entre alguns elementos do grupo sempre existiram, apesar de todos os anos fazermos o propósito de que tudo será diferente e que se queremos dar o exemplo às nossas crianças devemos trabalhar todos juntos com o mesmo objectivo e em comunhão. Não sei se este tipo de problemas só acontece connosco ou se até existirão outras paróquias afectadas por situações deste tipo. A verdade é que toda esta situação cria a desmotivação e a desunião entre os seus elementos, tendo mesmo levado ao abandono do grupo de alguns elementos.
Este ano, na reunião preparatória, o desafio foi lançado novamente: é necessário participar nas reuniões mensais (evitar a falta de assiduidade que sempre nos afectou), é necessário distribuir tarefas e responsabilidades (para que o "trabalho não caia" sempre sobre o mesmo), é preciso tornar a nossa catequese mais dinâmica. Pela primeira vez, e após uma longa luta, fizemos o plano anual de actividades para a catequese. Deste modo todos sabemos aquilo que vamos fazer ao longo do ano e quando vamos fazer. Os horários foram definidos e os grupos distribuidos pelos elementos responsáveis.
Sendo ontem o primeiro Sábado do mês, tivemos a nossa primeira reunião, após o início da Catequese. E que reunião! Em primeiro lugar, estavamos presentes quase todos os catequistas (apenas 3 faltaram), o que já é um grande passo. A própria reunião correu de uma forma diferente, pois apesar de ter uma ordem de trabalhos extensa, conseguimos fazê-la rapidamente, com a participação activa de todos os seus elementos.
A primeira grande actividade é uma reunião geral de pais "Da Catequese à Família". Esperamos ter a participação de muitos pais, pois esse é outro problema que afecta a nossa paróquia, a fraca participação dos pais nas actividades da catequese.
Não se pode pedir tudo de uma vez e esperar que as coisas mudem radicalmente. Ontem conseguimos uma grande vitória - um número elevado de catequistas na reunião. Agora, espero que esta força nos impulsiona no início do ano não deixe de exercer o seu efeito, mas a verdade é que a Força do Espírito Santo estará sempre presente!

Catequese 0 - O acolhimento

O primeiro dia de Catequese é sempre uma situação de excitação e ansiedade, tanto para as crianças como para os próprios catequistas e até mesmo para os pais.
O primeiro dia deste meu novo grupo não fugiu à regra e lá estavam os "pequeninos" todos entusiasmados por entrarem na sua sala.

No início estavam apenas 18 crianças, mas um pouco às "pinguinhas" foram aparecendo mais alguns, timidamente pela mão das suas mães ou pais. No final já estavam 24 e a roda sempre a crescer (a sala tinha as cadeiras dispostas em círculo para todos se poderem ver).
Alguns já parecem saber o que estão a fazer na catequese:"Falar de Jesus";"Jesus é nosso Amigo". Mas por outro lado já trazem certas ideias de casa que será necessário combater:
"Se não nos portamos bem Jesus castiga-nos".

Nesta idade não me parece correcto apresentar esta ideia de Jesus, como alguém que castiga. Também não se pode dizer que Jesus é Misericordioso, porque nem eles entendem essa linguagem. Aí está a dificuldade que alguns catequistas têm nestes primeiros anos de catequese - baixar o nível de comunicação e adequá-la à faixa etária destas crianças. Mas o que estas idades têm de bom é a sua rápida compreensão e depressa se deram conta que se o grupo se porta mal Jesus fica triste com eles.

Por ser o primeiro dia, dedicámo-nos ao conhecimento dos elementos do grupo(embora não seja fácil associar o nome a cada carita, para nós catequistas). Para isso arranjamos uma cópia do catecismo do 1º ano e colamos no centro de uma cartolina. Ao redor fomos colocando cartões com o nome de cada um. Resultado: todos juntos à volta de Jesus, como as crianças do cartaz, formamos um grupo - o grupo do 1º ano. Como podemos então identificar-mo-nos? Cada elemento do grupo tem uma fita verde-água, presa no braço. Deste modo temos uma coisa em comum que nos identifica. Foi com esta surpresa que terminamos a primeira sessão de catequese, uma sessão de catequese que nos pareceu do agrado das nossas crianças.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Oração do Catequista











Senhor,
chamaste-me a ser catequista
na Tua Igreja
e na minha paróquia.
Confiaste-me a missão
de anunciar a Tua Palavra,
de denunciar o pecado,
de testemunhar,
com a minha vida,
os valores do Evangelho.
É pesada, Senhor,
a minha responsabilidade,
mas confio na Tua graça.
Faz-me Teu instrumento
para que venha o Teu Reino,
Reino de amor e de paz,
de fraternidade e justiça.
Ámen

domingo, outubro 01, 2006

O primeiro contacto

Ontem foi o início da catequese aqui na paróquia. Timidamente os pais iam aparecendo, apesar do tempo apresentar um ar ameaçador.

Uns olhares estranhos e dou comigo a pensar se não estarão eles a pensar (também) se serei eu ou não a catequista do 1º ano.

Confesso que detesto este primeiro dia. É sempre a mesma confusão de todos os anos: as crianças às voltas à procura do seu catequista, os pais a querem saber do horário e local, o Padre J. aflito a querer atender a tudo e a todos. Mas o certo é que, apesar de todos os anos nós dizermos que o próximo será diferente, acaba por se gerar a mesma confusão.

No meio de tudo aquilo lá fui entregando e recebendo as fichas de inscrição. Com o atraso do costume (tipicamente português) lá fomos entrando na igreja para ouvir as palavras de boas vindas do nosso pároco e também para procedermos à realização do nosso compromisso perante a comunidade presente. Os meus meninos (acho que já os posso chamar assim) sentaram-se mesmo em frente ao altar. Estavam 20, mas eu sei que durante as próximas semanas ainda deverão aparecer mais alguns. Portaram-se lindamente! (Bem melhor que os mais velhos e até que alguns pais que só falavam, esquecendo-se do local de respeito onde estavam).

Parece ser um grupo interessante e neste nosso primeiro contacto já me apercebi de alguns tímidos, bastante introvertidos que se escondiam "nas saias da mãe", mas também de alguns bem reguilas que provavelmente exigirão um maior cuidado e atenção.

Tanto eu, como a S. estamos ansiosas por começarmos verdadeiramente. Já estivemos a preparar o nosso primeiro encontro, que será um contacto um pouco mais intimo - conhecimento recíproco. Estamos muito entusiasmadas (a última vez que ficamos responsáveis pelo 1º ano foi há 11 anos) e queremos dar o nosso melhor a este grupo de crianças que está agora a iniciar a sua caminhada no Caminho que leva a Jesus.

Que o Espírito Santo nos ilumine!